Em Guerra Pela Paz

Eric do Vale

Assim que vi no status de uma amiga a figura comemorativa do dia mundial do orgulho LGBT,

eu me manifestei mandando um desenho com um dedo polegar para cima e a seguinte mensagem: "É isso aí!". Salientei que aquela data não significava, como não significa, levantar a bandeira em prol daquela causa; mas sim honrar a dignidade desses.

Nessas condições, o leitor indagará: "Você é favorável a causa LGBT?". Por favor, me compreendam: o fato de ter me manifestado não significa que eu milite nesse campo; mas, na condição de advogado e cidadão, vejo-me no e dever me colocar em favor desses, quando o assunto em questão diz respeito a dignidade da pessoa humana.

Aquele(a) que disser que não possui um familiar ou conhecido que não seja homossexual ou alguém que tenha passado pela mudança de gênero está mentindo.Por esse motivo, eu pergunto: quem alguma vez, já se deu ao trabalho de colocar-se no lugar dessas pessoas?

Imaginem alguém tentando ocultar a sua identidade com receio de sofrer alguma discriminação. Imaginem também o preço que essas pessoas pagaram, e pagam, quando definiram a sua orientação sexual perante a todos.

Infelizmente, existem indivíduos que, em plena contemporâneidade, fazem questão de manterem hábitos, digamos, reacionários, na eminência de, quem sabe, serem os remanescentes do fascismo.Portanto, peço a esses "bastiões da boa moral" que colocoquem-se no lugar dessas pessoas.

E se isso não for suficiente, apelo para a nossa legislação maior para dizer que qualquer ato discriminatório além de ser inaceitável, pode também ser configurado como crime inafiançável. Preciso falar mais?