Jeiviane Justiniano

Hoje eu estou a escrever umas das principais crônicas da minha vida. É recomendável ler para além da introdução. Pensei em retirá-la, porém, ela tem a sua importância.

Apesar de o curso de Letras sempre ter sido a minha primeira e única opção, creio que muito retardei o ato de tomar as rédeas do meu destino e ignorar os conselhos contrários a tal iniciativa. Geralmente as pessoas conseguiam convencer-me de que era um curso que não dava futuro, mas o único que acabava sofrendo com as consequências por adiar os meus sonhos era eu.

Fiz essa breve introdução porque talvez ela seja necessária para endossar o motivo da escrita desta crônica para homenagear uma professora tão ilustre. As primeiras memórias foram registradas no ano de 2019, pois foi a primeira vez que pensei em abandonar meus projetos e permitir que as dificuldades prevalecessem. Creio que até a leitura do presente texto ela não saiba o quanto foi determinante de maneira positiva na minha vida acadêmica. Após ir muito mal em uma prova, questionei todas as minhas

capacidades. A professora Jeiviane Justiniano foi capaz de olhar-me nos olhos sem nenhum julgamento e incentivar para que eu persistisse. Foi um gesto de acolhimento que hoje se reflete em muitos frutos. Meu primeiro livro é o maior exemplo.

Hoje é o aniversário da professora que escolheu acreditar em mim, no momento em que seria mais prático apostar em alguém com as melhores notas acadêmicas. Sempre acredito que alguns educadores tem o poder de vislumbrar o futuro.

Renovar a vida no dia do (a) escritor (a) é uma dádiva dos céus reservada para quem tem o dom de iluminar e encantar os seus alunos. Apesar de eu desconfiar de tudo, acredito que existe um paraíso celestial reservado para quem aceitou o chamado para transformar vidas.

Lembro que no último sábado, durante a aula de encerramento das oficinas de escrita criativa literária, realizada na Comunidade Recanto Aldeia Yupirungá Karapãna, a nossa coordenadora estava presente. O saudosismo trouxe à tona toda a minha trajetória após o gesto de acolhimento da professora Jeiviane. Durante o meu processo de formação enquanto professor, foi o dia mais feliz da minha vida. E embora a crônica não seja sobre mim, relato esses fatos para reforçar a minha gratidão.

Hoje é o dia que o universo comemora a vida de uma profissional exemplar, um sobre-humano, professora Dra. Jeiviane Justiniano. Merece todo o reconhecimento e respeito.

25 de julho de 2022.

Miller dos Santos
Enviado por Miller dos Santos em 26/07/2022
Reeditado em 06/07/2023
Código do texto: T7567899
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