A Telma que conheci...

A Telma que conheci...

Dona Telma do cartório assim como é conhecida por todos, acima de tudo a sua história foi magnífica na cidade do Ouro Branco, mas não é apenas sobre a pessoa que a população conhece, mais sobre o ser humano que tive o privilégio de desfrutar da companhia, a sua carreira sólida e a forma de conduzir a vida foi feita de muita hombridade e justiça.

A Telma que conheci, a senhora generosa que abriu as suas portas para os jovens ter o mínimo de cultura, pode brincar sobre os festejos do mês junino, cantar e dançar no São João e comemorar o São Pedro, ela com sua paixão pela cultura nós mostrou que não precisa de muito, mais sim a inteligência e criatividade, sabe aquela pessoa que abri sua portas e move-se de todas as forma somente para ver alguém sorrir? Era isso que eu via todas as vezes que estava em sua presença.

A Telma que eu conheci, lembro-me tão bem que quando estávamos nos ensaios havia a preocupação de como cada componente de sua quadrilha estava, e cobrava para que tivéssemos um bom resultado, não para que a Quadrilha brilhasse para engrandecimento dela, mais para mostrar o brilho daqueles jovens e que todos vissem o deslumbre que mostravam os dançarinos da cidade tão amada por ela.

A Telma que conheci, quando fazíamos os últimos ajustes nas roupas, colando brilhos, enfeitando as veste, pensando na coreografia, ritmo e como iríamos entrar no palhoção, ela estava presente observando com o olhar cheio de ternura e alegria, fazíamos questão de participar destes momentos, pois ficávamos todos juntos, como uma família que cuida um do outro, esse era o ensinamento e doutrina que tínhamos.

A Telma que conheci, antes da comemoração do são São João estávamos organizando os palhoção no meio da rua, com tanto zelo, cada detalhes pensando, cada bandeirinha tinha nossa cara, nosso esforços, cada palha que era tirada dos coqueiros, e colocada era um sinal de orgulho, estavamos ali para fazer o melhor por nós e para a plateia que mais tarde iriam aplaudir nossa apresentação.

A Telma que conheci, devota de Santo Antônio de Pádua, que pedia em oração proteção para si e para todos que ela amava, que inspirava a querer o bem, era seria e serena em seus gestos e ações, mais com um sorriso grandioso, e um coração grande que adotou todos, e mostrou a força de uma mulher e sua vivacidade em fazer diferente e lutar para que tivéssemos orgulho do sertão.

A Telma que conheci, sabe que eu sempre morei em outra cidade e fui abraçado por está mulher, este ser humano, que me deixava a vontade em sua casa sem descriminar, sem julgar, onde ela estiver hoje eu sinto o orgulho dela em saber que Denyse fez e faz, em ter essa filha que mostra-se como líder, como ser humano e amiga, que trata a todos sem distinção, que abraça e zela, que sabe o nome e sobrenome.

A Telma que conheci, deixa saudades em todos nós, e serve não somente a mim, mais todos como exemplo para ser seguido, de honestidade, fé, amor e dedicação, a compaixão e solidariedade, a sinceridade em pode falar no que acredita, Dona Telma obrigado por ser reflexo e inspiração.

A Telma que conheci... In Memoriam

Thiago Sotthero

Thiago Sotthero
Enviado por Thiago Sotthero em 04/08/2022
Código do texto: T7575233
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