DINHEIRO EMPRESTADO

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

A cultura do dinheiro emprestado é a porta do endividamento pessoal dos usuários de programas sociais, a exemplo do Auxílio Brasil e outros (usuários cadastrados e/ou não no CadÚnico nacional).

É uma facilidade que custa caro demais diante do comprometimento mensal da já pequena e única fonte de renda de tais usuários.

A rede bancária ficará mais rica e os usuários mais pobres com os empréstimos consignados e/ou descontados na "boca" do caixa...

Alegria que dura pouco...

É a liberação para dever mais e mais, todos os dias compulsivamente e/ou algo parecido com "devo não nego e pago quando puder...".

Esse tipo de dinheiro vira vendaval no imaginário dos usuários todos os santos dias: depressão, insônia, compulsividade, etc.

Tal disponibilidade fabricará diretamente e indiretamente a falta de dinheiro para comprar a cesta básica mensal e outros compromissos assumidos sem consignação com terceiros fora da consignação bancária, a exemplo de aluguel, remédio, roupas, calçados, emergências pessoais e familiares.

O que a lei da vantagem não faz em querer levar vantagem em tudo? Essa vantagem de tomar dinheiro emprestado consignado é um grande feito ou satisfação na hora de aderir ao crédito, porém, com o andar da carruagem mensal com descontos das parcelas intermináveis e inflacionadas com a taxa "Selic" nas nuvens, só Deus na causa. A cultura de saber e/ou não saber lidar com dinheiro tem causado sucesso para a rede bancária e fracasso incontrolável para os clientes e/ou usuários, tanto dos programas sociais, quanto dos demais tipos de usuários.

A liberdade é plena para todo e qualquer ser humano, tanto é assim Deus fez Adão e Eva, deu-lhes o paraíso e eles preferiram algo "essencial" naquele momento, tão essencial quanto o "dinheiro" dos usuários do Auxílio Brasil, BPC - Beneficio de Prestação Continuada, por exemplo, o que significa dizer, que a liberdade em todos os sentidos é nada mais nada menos de admitir direta e indiretamente que o mundo não funciona como uma fórmula mágica do picadeiro do circo nacional da política para ganhar e/ou perder a eleição. Isso é a cultura do vale tudo e/ou nada, fique quem quiser ficar dependurado em empréstimos consignados e a barriga vazia...

O oceano de facilidades eleitoreiras não obedece a filosofias, doutrinas e/ou conjuntos de regras do jogo emergencial. E até porque admitir tal cultura ou verdade nua e crua é tirar um peso enorme dos ombros dos frágeis usuários de créditos consignados.

Só Deus na consignação do ser e do ter...

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 05/08/2022
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