Depois da chuva ou A História do Jô

Múltiplos aromas, depois da chuva.

E não será necessário regar as plantas. Não será necessário alinhavar os pensamentos, pouca coisa será importante agora.

E aquelas coisinhas todas, cotidianas coisas, corriqueiras, bobas coisas – como é bom fazê-las!

Não abrir a janela para o vento ficar lá fora. Recolher o tempo pra brincar de não ser nada; flutuar num átimo, instantâneo momento inexpressivo que não deixa rastros, marcas, laivos.

Depois da chuva resta o ar, resta a esperança a renascer no orvalho – criadeira chuva que desce as encostas e varre tudo pro mar.

Depois da chuva, depois de ontem, depois de amanhã – tanta coisa se perdeu. Jô Soares partiu e levou tanto da alegria, mas, o impressionante Derico o renasceu, trouxe um pouco da sua História. Mostrou um pouquinho da sua essência de fazer rir, fazer chorar. Tudo isso essa manhã, ao nascer do sol, antes da chuva.

Luizinho Trocate
Enviado por Luizinho Trocate em 05/08/2022
Código do texto: T7575422
Classificação de conteúdo: seguro