DIA LITORAL
O ar fresco da manhã corria leve esperando o calor do sol torná-lo quente como de costume no verão. Nas praias os banhistas já iam chegando para guardarem seus lugares e prepararem a sua estada durante muitas horas.
Os primeiros raios de sol! Areia fresca e macia sob os pés. Mar brando com águas claras a irem e virem monotonamente. Crianças correndo de um lado para o outro. Um cachorro de repente passa correndo perto do mar.
A paisagem ia tornando-se cada vez mais movimentada, como uma grande cidade que na hora de iniciar o trabalho faz o povo sair. Barracas e mais barracas, esteiras, toalhas, calções e biquínis faziam um colorido extremamente especial contrastando com a alva areia.
O barulho dos banhistas nas conversas, nas brincadeiras fazia-se sentir no ar. O vôlei na praia, a corrida, a ginástica aqueciam os músculos das pessoas que depois banhavam-se serenamente nas águas do mar.
Foram passando as horas e com elas aumentava o calor que o sol nos traz. A areia já bem quente. Poucas pessoas nas areias ainda ficavam a se expor ao sol.
Muitas pessoas trabalhando a vender mate gelado, picolés, refrigerantes sem poderem ir no mar.
E o dia segue alegre. Alegre e quente. Alguns banhistas já foram. Outros chegaram. A alegria do cenário era feita pela satisfação de estar ali de cada pessoa que conquistou seu pedaço de areia e a vastidão do mar.
Distraídos, os banhistas nem viram as horas correrem tontas num relógio, mas o sol indicava o avanço das mesmas. Belos corpos bronzeados bailavam sacudindo toalhas, fechando barracas, agrupando as crianças, pois era o fim daquela jornada maravilhosa.
Agora só, o mar faz seu monólogo e todos se retiraram esperando outro amanhecer, outro chegar do sol para iluminar tão belos momentos, tão expressivo colorido que existe nas areias.
06.02.1981