CAMINHOS DO MUNDO

CAMINHOS DO MUNDO

Elizabeth Fonseca

Caminho sem rumo no desconhecido mundo. Há momentos em que o silêncio perdura profundamente, atinge minha alma numa mística sensação de solidão e paz. Meus pensamentos viajam mais do que eu. Quando percebo, estou imaginando um mundo de bondade entre homens da Terra, onde doar é mais do que receber; um mundo de abnegação e que por compensação o sorriso nos lábios das pessoas a transportariam numa imensurável felicidade.

Olho para o sol. Ele se parece mais com uma fogueira de São João; então, concluo: o ‘calor humano’ é uma festa de alegria.

Olho nas montanhas e vejo nelas a sua história; tão velhas, que trazem marcas profundas, mas que são belas como nunca; sim, porque o homem, a ‘alma’ é mais bela na velhice.

As folhas tremulam na árvore, quando o vento passou soprando tudo; elas persistem em seus galhos, porque era apenas um pequeno teste da sua rigidez. Todas as folhas continuam a se agitar; mas, para elas, isto é apenas um beijo; ah!.. se as pessoas encarassem as pequenas dificuldades assim ! não haveria tanto sofrimento no mundo.

Agora, meus pensamentos estão presos aos meus passos e eles não querem parar; para trás ficaram os rastos que, com certeza, logo serão apagados, porque neste mesmo espaço outras pessoas irão passar e não somos donos de nada, a não ser de nós mesmos. O barulho de meus passos me desperta e vejo que estou quase na metade e a beleza do amor nunca me deixou solitária.

Também não é possível andar tanto sem descansar. Acolho-me ao tronco de uma árvore seca, mas que ainda se serve ao mundo, então deixo de lado estes pensamentos para pensar porque não é possível chegar até lá. Ah! Meus pensamentos ! ... pensamentos ! ... a mente quando se cansa busca outras coisas a pensar.

Pensar e sonhar são buscas para mudar.

Elizabeth Fonseca
Enviado por Elizabeth Fonseca em 13/12/2007
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