NATAL!
Outro dia vi um papai noel(com letra minúscula mesmo!) com uma latinha de cerveja na porta de um bar aqui em Lavras. Fiquei tão triste com aquela cena!
Não adianta! Eu adoro o clima de natal! Desde criança sou assim e vou continuar sendo! Nesta época eu fico maravilhada! Sempre que posso ando pelas ruas, olho as vitrines das lojas que comercializam enfeites natalinos e me sinto alegre em vê-los. Não sou consumista, mas fico encantada!
Adoro a figura do Papai Noel. Ainda vou ter um bem grande, tamanho natural no meu jardim, e de preferência, sonoro, com música e aquela risada rô rô ro (sem copo de cerveja na mão, pois Papai Noel não toma cerveja. Ele é encantado!). Eu sou assim: não aceito perder algumas sensações que tenho, como o meu encantamento com aquele monte de luzinhas piscando nas casas e ruas nesta época.
Sei que algumas pessoas dizem que odeiam o natal, que acham isto tudo uma bobagem, um incentivo ao consumismo, invenção do capitalismo, e tantas outras argumentações contra. Tudo bem! Sei de tudo isso, mas mesmo assim, eu adoro o Natal!
E acho a palavra odeio bastante estranha e agressiva. Ainda não consegui odiar nada, e tenho quase absoluta certeza que não vou conseguir. Não sou muito chegada em extremos e odeio, nunca, sempre, me soam de uma maneira um tanto quanto extremada por demais. E agressivas! Então, não consigo odiar, nem nunca nem sempre.
Mas, voltando ao clima de Natal, será que dizer que adoro é ser extrema? Se for, tudo bem. Me rendo a esta forma extrema de sentir! E sou contagiada pelo clima, e enfeito bastante a minha casa (com enfeites de natais passados. Os novos são feitos por mim) , ouço músicas de Natal e canto junto. Apago todas as luzes da casa e acendo a da árvore (que é bem grande, bastante enfeitada e iluminada), e fico encantada e hipnotizada olhando.
Adoro olhar o movimento nas ruas, principalmente à noite, quando percebo que as pessoas aparentemente estão mais tranqüilas.Ver o belo me faz bem, e eu procuro ficar o maior tempo possível bem!
O que mais me encanta, é perceber que muitas pessoas até ficam solidárias e mais sensibilizadas com a miséria e o sofrimento que acompanham o dia a dia de milhares de seres humanos em todo o planeta. Pelo menos nesta época! Não é o ideal, mas fazer o que? Nem sempre o ideal é o real!
Tem até beijo dos pais nos filhos, e vice versa! Tem festa de confraternização nas empresas, com patrão e funcionários num mesmo local!
O chamado espírito natalino reforça para mim a afirmação que eu sempre faço, que o ser humano quando quer, consegue ser essencialmente bom e fraterno.
Este Natal de 2007 acontece em uma época bastante peculiar, pois antecede um ano de eleições, e este, que aparentemente seria um mero detalhe, na verdade se torna determinante para que um número maior de pessoas seja favorecido, e a solidariedade humana se faça mais presente, devido ao imenso contingente de Papais Noel - candidatos, que distribuem os mais variados presentes, seja uma cirurgia aguardada há tempos, uma consulta urgente, cuja necessidade já existia há alguns meses, alguns brinquedos para as crianças que no último ano ficaram sem ganhar nada, ou ainda uma mesa relativamente farta, para inúmeras famílias que não tiveram sequer algum alimento no último Natal. Que beleza, se eles incorporassem esta sensibilidade e este espírito de humanidade no exercício do mandato que pleiteiam!
Que bom, se este espírito de generosidade que aflora nesta época do ano (e em Natal que antecede ano eleitoral, para os aspirantes a cargos políticos) enraizasse e se tornasse uma árvore frondosa e frutífera durante o ano inteiro. E em todos os anos!
Que maravilha seria se todos nós tomássemos a decisão de conduzirmos a nossa vida direcionada pelo sentimento pacífico, solidário e ético, conseguindo uma real e verdadeira transformação na nossa maneira de nos relacionarmos.
Poderíamos também, aproveitar este espírito de fraternidade que nos envolve e repensarmos as nossas condutas nos relacionamentos que temos, com familiares, amigos, funcionários, enfim, com todas aquelas pessoas que de uma forma ou de outra fazem parte do nosso dia a dia e que por tantas vezes negligenciamos.
E nenhum Papai Noel com copo de cerveja na mão! FELIZ NATAL!