CHATOS DE PLANTÃO!

Passadas as festas, comemorações e confraternizações de mais um final de ano, estamos no primeiro mês de um ano que dizemos ser novo.

Muita bebedeira, muitos gastos na compra de presentes, muitos abraços, muita alegria (algumas genuínas, outras nem tanto), muita satisfação em rever parentes, amigos e conhecidos que mudaram da cidade.

Como não pode faltar, os chatos de plantão aproveitaram e deram seus showzinhos, usando como sempre, a desculpa do excesso de bebida alcoólica!

Os consumistas compulsivos aproveitaram e compraram excessivamente, e como acontece, na maioria das vezes na vida deles, agora estão com dívidas que sabem que não vão pagar tão cedo, ou até mesmo nunca. (quando compraram, já sabiam disso, mas não puderam resistir!).

É o espírito natalino que os fez descontrolar!

Esta é uma desculpa que serve tanto para os chatos de plantão, como para os maus pagadores. Qualquer motivo serve como justificativa para o hábito de serem inconvenientes, nocivos e prejudiciais para os que os que convivem com eles.

Os chatos de plantão, estão sempre prontos, esperando situação adequada para despejar toda a inconveniência que conseguem gerar.

Na maioria das vezes, vivem uma vida pequena, são tão acomodados e tão covardes, que se sentem profundamente incomodados diante de alguém que julgam corajosos, que enfrentam e vencem obstáculos, que se recusam a viver eternamente na mesmice.

Reuniões comemorativas são as prediletas. Quando é de família então, sentem-se completamente à vontade para criar situações desagradáveis. Afinal, parente, na sua concepção, tem a obrigação de aturá-los, principalmente os que moram em outras cidades! ,

São sempre os primeiros a chegar! Chegam sempre animados, super felizes por terem a oportunidade de encontrarem familiares que não vêem há muito tempo, o que é motivo para muita bebedeira (para comemorar o reencontro), para um longa conversa, que na maioria das vezes transcorre com lembranças do passado (passado para o parente distante, que vive um tipo de vida diferente da que deixou para trás, e que devido a isso, mudou bastante, tem outros interesses, vários projetos. Mas bastante presente para quem ficou na rotina e na mesmice de anos, por acomodação, por preguiça de abandonar a rotina que detesta).

Estas lembranças, invariavelmente conduzem ao objetivo do chato: criar algum mal estar, uma situação constrangedora. Afinal, é isto que eles querem!

O motivo pode ser qualquer um, mesmo que claramente não seja nenhum. É o parente que veio de fora, e insiste (na opinião do chato) em “fazer de conta que se esqueceu” de determinado amigo de infância que teve (puro esnobismo, mesmo que já se passaram trinta e quatro anos que ele não tem mais contato com as pessoas do lugar), ou não se lembre de alguma situação que viveu quando jovem na cidade (ficou antipático, desdenha a vida que levou!). Ou não quer saber notícias da namorada(ou do namorado) que teve, e que o chato insiste em comentar, mesmo diante do marido ou da esposa.

Estes são alguns dos motivos que o chato tanto esperava!

E o clima de festa se transforma num clima pesado, e aquela reunião que deveria ser fraterna, feliz, passa a ser um martírio, uma situação desagradável. Para todos, menos para o chato, que se aproveitando do estado de embriaguez, e da euforia diante da platéia, capricha no show. Sabe que uma oportunidade como aquela só acontece de vez em quando, pois os parentes distantes aparecem por aqui muito pouco. E ele não quer perder a oportunidade!

Você conhece alguém assim? Vai aturá-lo eternamente?

Show precisa de platéia e de apoio para continuar a ser apresentado!

Francisquini
Enviado por Francisquini em 02/01/2008
Código do texto: T800093
Classificação de conteúdo: seguro