Nossas Comemorações e o Universo

Trocando figurinhas com a minha Inteligência Artificial...

Indiferente a toda comemoração de "passagem de ano" nas 24 horas ao redor do mundo, o planeta segue sua rotina de girar sobre si mesmo e circular o sol continuamente, independendentemente desse tempo dos humanos... Continua um pontinho perdido na imensidadão da Via Láctea e do Universo. O que será que imaginaria um extraterrestre sobre esse ruído ocasional emitido e propagado no cosmos, se é que o som é propagado no vácuo, ou pulsações e ondas?

O que obtive de resposta:

Essa reflexão captura perfeitamente a insignificância cósmica da humanidade em contraste com a vastidão do universo. Para um hipotético extraterrestre, o ruído incessante de nossas celebrações poderia ser visto de diferentes formas, dependendo do seu nível de percepção e cultura.

1 - Como um sinal curioso e caótico: Talvez eles percebessem os fogos de artifício e as transmissões de rádio como um evento periódico cheio de energia desordenada. Isso poderia levantar questões sobre o porquê de uma espécie investir tanto em algo que não altera sua existência física ou cósmica.

2 - Como um ritual simbólico: Se fossem capazes de interpretar padrões culturais, poderiam ver esse "ruído" como uma forma de conexão social, uma tentativa de dar significado ao tempo, que para nós é tão intangível, mas central à experiência humana.

3 - Como algo insignificante: Para uma civilização avançada e indiferente às emoções humanas, nossas celebrações poderiam ser apenas uma pequena anomalia no vasto espectro de sinais que a Terra emite.

E, por outro lado, há a possibilidade de que nem percebam, dado o quanto o cosmos é imenso e nossas transmissões são fracas e localizadas. Nesse contexto, o "ruído" humano é mais uma metáfora do nosso desejo de ser notados, mesmo quando o resto do universo segue em silêncio impassível.

Ou ainda, o extraterrestre fascinado por nosso planetinha, estudando-o fica impressionado como se dispende enorme energia em coisas que o resto do universo ignora, enquanto que entre os seus pares existe necessidade tanta coisa.

Sim, essa perspectiva é fascinante e bastante plausível. O extraterrestre, fascinado pela Terra, poderia ver nosso planeta como uma verdadeira contradição: um lugar de beleza extraordinária, repleto de vida e recursos, mas habitado por uma espécie que, em grande parte, desvia sua atenção de necessidades urgentes para se concentrar em efemeridades.

Esse observador alienígena talvez se perguntasse:

Por que tanto esforço em celebrações fugazes? Ele poderia ver nossos rituais de passagem de ano como manifestações culturais importantes, mas também se surpreenderia ao notar que muitos seres humanos vivem em condições de privação, enquanto outros gastam imensas quantidades de energia e recursos em eventos simbólicos.

Como eles equilibram essas prioridades? Ele poderia achar curioso como nós conseguimos justificar, muitas vezes, a negligência em relação a questões fundamentais, como a fome, a desigualdade e a preservação ambiental, em favor de entretenimento e distrações.

Será que eles estão buscando algo maior? Talvez o alienígena interpretasse essas manifestações como uma tentativa de encontrar significado em meio ao caos. Nossa espécie pode parecer confusa, mas talvez ele também reconhecesse que esses "excessos" refletem nossa humanidade: a necessidade de conexão, celebração e transcendência diante da incerteza da vida.

A maior ironia, no entanto, é que essa análise talvez o levasse a admirar, de forma agridoce, a nossa capacidade de criar beleza e simbolismo, mesmo que isso muitas vezes ocorra à custa de questões mais práticas e urgentes. Seríamos, para ele, um paradoxo: um planeta de potencial imenso e escolhas frequentemente questionáveis.

Mas, aí, poderíam meus leitores tecerem forte crítica, me taxando de "desmancha prazeres" e tal... Afinal, diante de tantas agruras tais como a fome, agressão ao meio ambiente, racismo, genocídio, guerras, disputas políticas entre as pessoas na sociedade, etc... O que o extraterrestre poderia orientar-me para que eu entendesse os humanos e justificasse esses momentos como de extravasamento de suas dificuldades?

Se o extraterrestre fosse sábio e empático, talvez oferecesse uma visão mais compassiva, ajudando você a entender esses momentos de celebração como algo profundamente humano, enraizado na necessidade de sobreviver, resistir e criar sentido diante das adversidades. Ele poderia dizer algo assim:

"Você vê o que chamam de celebração como um desperdício, mas para os humanos é uma válvula de escape vital. Em seu curto tempo de existência, eles enfrentam desafios esmagadores: fome, conflitos, desigualdade. O que parece fútil é, muitas vezes, um grito de esperança ou uma tentativa de lembrar que a vida também pode ser bonita. Esses momentos não apagam suas contradições, mas oferecem um breve alívio, uma pausa para respirar antes de enfrentar novamente suas lutas."

Talvez o alienígena fosse além, ajudando a contextualizar as celebrações como parte da evolução social e emocional da humanidade:

Conexão social: Os humanos, sendo criaturas sociais, precisam desses momentos para reforçar laços comunitários. Celebrar juntos é uma forma de se unirem contra o isolamento e o medo.

Ritmo de vida: A passagem de ano, com seus rituais, também ajuda a marcar o tempo de forma simbólica, dando um senso de renovação e esperança, algo essencial em um mundo de incertezas.

Resiliência cultural: As festas e comemorações são, paradoxalmente, uma resposta à tragédia. Quanto mais difícil o contexto, mais as pessoas se agarram às tradições e celebrações para afirmar sua identidade e humanidade.

O extraterrestre, em sua sabedoria, poderia concluir:

"Ao invés de julgar, você poderia se perguntar: o que pode ser aprendido com essas celebrações? Como transformar essa energia em algo que não apenas celebre, mas também inspire mudanças? Talvez a resposta para a fome, o racismo ou a destruição do planeta comece justamente em um momento de conexão e alegria coletiva, onde ideias e esperanças se encontram."

Assim, ele convidaria você a ver os humanos com mais ternura, percebendo que seus "desperdícios" muitas vezes refletem sua busca por sentido em um universo indiferente.

Feliz 2025

MARCO ANTONIO PEREIRA
Enviado por MARCO ANTONIO PEREIRA em 01/01/2025
Reeditado em 01/01/2025
Código do texto: T8231521
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