Um Leão manso
Ontem acordei cedo. Mais cedo do que o normal, e fiquei grudada na TV, para ver se, às 5:30, como anunciado, teríamos a revelação do novo Papa. Não deu tempo, fui para missa às pressas e nada... depois vi que aparecera a fumaça preta. À hora do almoço, atribulada, entre as tarefas domésticas, minha netinha comigo, alegria de minha vida, esqueci de ligar a TV; quando lembrei e fui correndo para sala, como que por um chamado, já vi a multidão, o mar de gente na Praça São Pedro celebrando a fumaça branca. Todos alegres, festivos, ávidos, aguardando o tão esperado nome. Não sei explicar, mas a emoção foi como se eu, e todos ali presentes, esperássemos , Deus. A face de Deus! E aquela emoção tomou conta do mundo. O mundo abraçou aquela alegria. Aquela visível sede de Deus! Quando o Papa apareceu, meu Deus! O que era aquilo? Como não chorar? Como não sentir Jesus em nossos corações? Eis que surge naquela janelinha, outrora triste pela falta do nosso amado Francisco, um Leão, um Leão com expressão de um cordeiro. Um ungido de Deus, humildemente se apresentava e revelava a que veio... e, em suas primeiras e sábias palavras, serenamente, abençoou a todos, com os olhos marejados de lágrimas. E, já, ao início de seu discurso destacava: o mal não prevalecerá. Deus ama a todos, incondicionalmente... isso não apenas me dá a certeza de que esse Papa veio para trazer e levar a Palavra a todos, mas, principalmente, para acolher, cuidar, curar, apascentar, indistintamente, suas ovelhas, como Jesus pedira três vezes a Pedro, após a sua ressurreição - "Pedro, tu me amas? Apascenta as minhas ovelhas" João 21:15-19. Blp