Grilo não canta. Incomoda
Nem sempre é por simples curiosidade que nos leva a pesquisar. Muitas das vezes é por desejo de...digamos... encontrar uma forma para nos vingar. Vamos aos fatos.
Selmo Fragoso não estava nada contente naquela noite em virtude de uma leve dor de dente e deduziu que com o sono a dor também adormeceria. Ledo engano. Por volta das 2 da madruga Fragoso foi acordado com o canto de um grilo em seu quarto. E a dor de dente deu sinal de vida. Acendeu a luz e com um chinelo na mão, foi em busca do incomodativo que, para sua surpresa, parou de cantar. Deu uma corrida de olho em toda o quarto e não o encontrou. Apagou a luz e deitou-se. Em menos de 10 minutos o grilo resolveu continuar a serenata. Resumindo: Fragoso passou a noite inteira à caça do grilo (sem sucesso) e com dor de dente ao ponto de, no outro dia, não definir o que mais o incomodou. Fragoso tem um semblante facial que lembra o cantor brasileiro Odair José + Javier Milei, atual presidente da Argentina. Naquela manhã estava fragosado. Piorado.
Enquanto esperava ser atendido no consultório odontológico e olhando o celular, Fragoso descobriu (no Google) que o grilo não canta. Bate as asas. O macho para chamar a fêmea e a fêmea para se exibir. Isso no verão. E são considerados parentes das cigarras. Com uma diferença: cigarras não entram nos lares. Grilos entram e destrói tecidos.
Mais alguns detalhes que irritaram Fragoso: O que grilo come? Folhas. E por que não come urtiga que não tem nenhuma utilidade na flora? Era macho ou fêmea quem bateu as asas em seu quarto? Grilo dentro de sua casa é sinal de sorte? Sorte sua se desparecer antes do anoitecer. E a possibilidade do impertinente ainda estar em seu quarto? 100%. Sim! Ao sair fechou toda a casa...
Sono tranquilo para o grileiro (entendido em grilo) era comprar um inseticida, envenenar o quarto e dormir na sala. Ou... Ahah...e por que não? Capturar o cujo e colocá-lo dentro de uma garrafa e deixá-la a madrugada toda ao lado da TV do bispo, obrigando-o a ouvir ‘Fala que eu te escuto”. É aí que entra a ‘vingança’ citada no primeiro parágrafo.
E o dente? – Esse não lhe incomodaria mais.