Voltei para meu grande amor!
Ontem, Edilene levou Mainha à loteria para conferir o saldo que tinha na conta. Na volta, ela resolveu ficar aqui em casa. Se tem alguém que ficou muito preocupada comigo durante essa operação, com certeza foi dona Nilda. Ultimamente, além de se preocupar comigo, ela anda sem canto. Sua televisão, que era Smart e pegava de tudo, pifou. O que me surpreendeu foi que, aparentemente, ela era nova — tinha somente três anos — e deu perda total. Eu já sabia que os eletrônicos de hoje são feitos para ter pouca duração, todavia, esse bateu o recorde.
Enquanto o aparelho dela chega ou não, já que aqui é proibido colocar a rede do sofá, sintonizei na TV Brasil e aproveitei para conhecermos Macapá, no programa Brasil Visto de Cima. Ficamos surpresos, pois Macapá parece ser uma cidade muito bonita.
Não demorou muito e apareceu o Zé para cortar a grama, que estava parecendo uma floresta. Como já estava próximo do crepúsculo, ao roçar a grama, parecia que todos os borrachudos e pernilongos saíram da toca. Só via gente batendo nas pernas e correndo dos enfusados. Não tinha nada para oferecer ao meu amigo, então fui até o pé de acerola, catei uma boa porção da fruta e pedi à minha esposa que fizesse aquele delicioso suco que só ela sabe preparar. Rapidinho o suco acabou... não sobrou nada para contar história.
Com o pôr do sol chegando, algo me inquietava o coração. Olhei para o relógio na parede e vi que marcava 18 horas. Estranho! Até aquele momento, Pessoa e família ainda não haviam chegado. Da última vez, eles chegaram às 17 horas. Liguei para eles e ninguém atendeu. Liguei para sua filha e também sem resposta. Para meu alívio, não demorou muito e eles apareceram, descendo do táxi. Mal chegaram, e eu já fui chamando Pessoa para trabalhar, mas, naquela noite, o trabalho não estava para ele, rs.
Enquanto isso, com o movimento das pessoas, até Mainha se entreteve um pouco. Quando terminou sua novela Força de Mulher, exibida na Record, ela me deu a bênção e foi embora. Não demorou muito, e a turma da quitinete foi repousar.
Aproveitei o embalo e fui me banhar na Feiosinha. Nos últimos dias, eu carregava uma saudade imensa dela, mas devido à cirurgia, precisei me conter. Agora, sem restrições, senti a água fresca envolver meu corpo como um abraço esperado. Fechei os olhos por um instante, deixando que cada gota me reconectasse com algo tão simples, mas tão especial. Depois de tanto tempo evitando esse momento, finalmente pude desfrutar do meu grande amor, rs.