Obrigado, Mamma!
Durante quatro longos anos da minha vida, vesti o terno da ternura e assumi o papel que muitos chamariam de “mãe de gravata”. Título curioso, confesso, mas justo. Afinal, foi nesse tempo que a vida me confiou a doce e árdua missão de cuidar de um pequeno ser humano de apenas 1 ano e 4 meses: meu filho, Raphael.
Ah, meus amigos... que jornada foi essa! Foi ali, no embalo das noites maldormidas e nos dias cheios até a tampa, que compreendi o que nenhuma cartilha ensina: ser mãe é um ofício que não se paga com salário, nem se mede com relógio. É vocação, entrega, suor com afeto, exaustão com doçura.
Ser mãe, sim senhor, é serviço pra heroína. Mulher Maravilha é pouco! Tem que ter superpoder até no olhar, radar no ouvido, coração em duplicidade. É dedicação full time — 24 horas, 7 dias por semana, sem feriado, sem recesso, sem direito a reclamar do chefe (porque o chefe, no caso, chora e se chama “filho”).
O Criador, esse sábio que não dá ponto sem nó, acertou em cheio: deu ao homem a força, mas à mulher... deu a resistência. E que resistência! A mulher encara quatro maratonas por dia sem precisar calçar o tênis. Ela trabalha, estuda, varre, lava, beija, consola, orienta, cozinha, costura, cuida — do marido, da prole, dos pets, das plantas e, se sobrar tempo, de si.
Ela nasceu para colocar ordem no caos. Quando tudo parece perdido, lá vem ela — santa de avental — transformando bagunça em lar, cansaço em colo, e lágrimas em paz. Vai ser competente assim lá na Tonga da Mironga do Kabuletê! E com um sorriso no rosto, ainda por cima...
Porque onde a mamãe pisa, a alegria floresce. Onde ela está, a casa tem alma. Onde ela falta... tudo parece desabar.
Por tudo isso — e por tudo o que nem sei como dizer — eu só posso repetir: obrigado, Mamma!