A DANÇA DAS ABELHAS
Hoje eu parei sob uma cerejeira em flor para admirar a beleza da árvore florida e ficar olhando o trabalho das abelhas.
Aquela exuberância toda me encantou.
Os galhos repletos de florinhas cor-de-rosa seduziram meus olhos.
A quantidade de insetos era imensa, mas não me amedrontei nem um pouco em vê-las sobrevoando minha cabeça.
Elas estavam tão ocupadas em seu trabalho que pouco se importavam comigo.
De flor em flor e tão levemente voavam, dançavam, porque pra mim era um balé que apresentavam.
Bem próxima àquela cerejeira, outra árvore também se apresentava lindamente florida: uma pitangueira. As florinhas brancas a cobriam e mais parecia uma noiva que se exibia ali.
Parecia-me uma noivinha sorridente, imóvel na sua quietude de uma manhã fria.
As abelhas bailavam de uma árvore a outra e fiquei parada entre as duas a olhar.
Como é bela a natureza e como damos importância ao que nem tem valor.
Daqui a poucos dias aquelas florinhas todas darão lugar aos frutos e muitos deles vingarão.
Será outra fase para as belas árvores que encantaram tanta gente com sua florada maravilhosa.
As abelhas encontrarão outras árvores. Farão a polinização.
Não pode se acabar a beleza deste nosso planeta e pensar que este milagre da semente, do nascimento, das flores, dos frutos vive a se dar, diante de nossos olhos.
Quantos de nós nem notamos o milagre da vida.
Afastei-me das árvores floridas a pensar nos ciclos da vida, na morte. É necessário que a flor dê lugar aos frutos.
E as pétalas a forrar o chão também é um espetáculo.
A vida continua...