A DANÇA DAS ABELHAS

Hoje eu parei sob uma cerejeira em flor para admirar a beleza da árvore florida e ficar olhando o trabalho das abelhas.

Aquela exuberância toda me encantou.

Os galhos repletos de florinhas cor-de-rosa seduziram meus olhos.

A quantidade de insetos era imensa, mas não me amedrontei nem um pouco em vê-las sobrevoando minha cabeça.

Elas estavam tão ocupadas em seu trabalho que pouco se importavam comigo.

De flor em flor e tão levemente voavam, dançavam, porque pra mim era um balé que apresentavam.

Bem próxima àquela cerejeira, outra árvore também se apresentava lindamente florida: uma pitangueira. As florinhas brancas a cobriam e mais parecia uma noiva que se exibia ali.

Parecia-me uma noivinha sorridente, imóvel na sua quietude de uma manhã fria.

As abelhas bailavam de uma árvore a outra e fiquei parada entre as duas a olhar.

Como é bela a natureza e como damos importância ao que nem tem valor.

Daqui a poucos dias aquelas florinhas todas darão lugar aos frutos e muitos deles vingarão.

Será outra fase para as belas árvores que encantaram tanta gente com sua florada maravilhosa.

As abelhas encontrarão outras árvores. Farão a polinização.

Não pode se acabar a beleza deste nosso planeta e pensar que este milagre da semente, do nascimento, das flores, dos frutos vive a se dar, diante de nossos olhos.

Quantos de nós nem notamos o milagre da vida.

Afastei-me das árvores floridas a pensar nos ciclos da vida, na morte. É necessário que a flor dê lugar aos frutos.

E as pétalas a forrar o chão também é um espetáculo.

A vida continua...

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 08/06/2025
Código do texto: T8352990
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