O "ser eu"...

O "ser eu"...

...para si e não para outros!

Certos daquilo que somos...

...temos todos a sensibilidade humana de sentirmos ao outro!

Sentirmos seus anseios, seus temores, percebermos suas virtudes e suas falhas, distinguirmos se há, e de que, carência, e nos apercebermos de suas intenções, mesmo que camufladas sejam!

A isto se dá o nome de percepção sensorial, ou simplesmente...

...intuição!

Só que;

- Será que nossa intuição é honesta?

Melhor dizendo...

- Será que nossa intuição, honesta que é, por nós é convertida em opiniões desonestas e destrutivas?

Creio eu não haver como não interpretar, através da intuição, a legitimidade de uma outra pessoa, pois é o âmago vendo o âmago, olhos que enxergam olhos, teor que sente teor, essência sentindo essência...

Então...

...sim, o nosso íntimo enxerga a verdade, mas o nosso “eu”, a chamada “índole”, é quem processa esta verdade, a mantendo ou a deturpando!

Podemos então partir para dois caminhos...

A-Avaliar e manter a Verdade!

ou

B-Avaliar e mentir!

A-Avaliar e manter a verdade...

Manter uma verdade vista pelos olhos do âmago não parece fácil, visto que todos os sentimentos natos e características profundas de alguém, quando externados a este por outrem, podem chocar, pois é o íntimo de alguém sendo lhe apresentado...

Chocar sim, já que este não se descobriu pela sua maturidade natural, mas por outrem, que fazendo a leitura de tal, ainda que precocemente, a isto lhe apresenta...

...e, dependendo de como se lhe é apresentada, mesmo que com a verdade, este pode levar a mal quem assim o faz e consequentemente não aceitar a si mesmo, criando então um conflito entre aquilo que é, aquilo que pensa ser e aquilo que acha que o outro pensa dele...

Está instalada aí a auto intolerância, onde o indivíduo terá duas opções;

1- Aceitar, se auto avaliar e mudar!

2- Não aceitar e continuar a ser como acha que deva ser!

B-Avaliar e mentir...

E no caso desta avaliação ser feita da outra forma, ou seja, ser repassado ao indivíduo tudo aquilo que o âmago alheio vê no seu íntimo, mas de uma forma deturpada e desonesta, visando destruir as boas qualidades deste indivíduo?

...e ainda esta avaliação feita por alguém que se diz amigo!

Com certeza esta destruição de valores terá muito mais chance de ser laureada do que no caso de uma construção de valores sendo repassada de forma honesta e real, ainda que, sendo esta, repassada com o falso intuito de ajudar!

Nestas horas o lobo mau se veste de ovelha e passa a conviver de forma amistosa e cordial, sem mostrar seus afiados dentes, pois visa apenas enfraquecer o indivíduo, para que lá na frente possa, não o devorar, mas o usar de forma a conseguir muito mais coisas do que este por si só poderia oferecer!

Ou seja;

- A manipulação de tal, através de sentimentos, temores e auto estima, alimentaria muito mais o ego deste suposto lobo mau, do que a imediata derrocada da suposta ovelhinha o faria em relação ao seu estômago!

Então podemos definir...

Explorar pessoas frágeis, lhes atacando no seu “eu”, e as tornando manipuláveis em sentido próprio, é um meio moderno de vampirismo, que vai do sentimental ao intelectual, pois a vítima torna-se atrelada por seus valores à vontade de quem assim o faz, e, se o faz, é por que quem agora é vítima a isto permitiu...

Isto é a consequência de estar junto a estas falsas amizades que para muitos lhes é difícil enxergar, e, talvez, também para muitos quando a isto notarem já tarde demais será!

Basta só uma coisa para nos orientarmos e evitarmos que, em questões de auto conhecimento, tanto o lado bom nos interpele e nos surpreenda com nossas falhas, quanto para que o lado ruim o mesmo faça e se utilize de nossas deficiências...

...o que precisamos fazer para disto evitarmos e aprendermos com nós mesmos a nos corrigir, através do natural amadurecimento!

Algo como...

" - ...todo dia, ao olharmos no espelho, nos reconheçamos como alguém que naquele dia vai ensinar a alguém o que aprendemos ontem, mesmo que nada tenhamos aprendido e mesmo que não haja alguém para ensinarmos, pois o simples fato de nos colocarmos em posição de ensinar, esta intenção, nos mostrará sempre o caminho de que todo dia algo já aprendemos, e ainda aprenderemos, e que, neste constante aprender, sempre estaremos dispostos a alguma coisa em nós mesmos mudarmos, desde que seja de forma natural, de forma vivida, de forma espontânea..."

Não se muda uma personalidade, apenas se aprende amadurecendo!