...e o amor

Há quem diga que o amor é cego, outros que não se tem como explicar, mais enfim...

Já vivi muitos amores. Todos de um jeito diferente, peculiar. Engraçado que tanto aquela pessoa espécie e sempre deixamos escapar. Que inconformismo.

Já vi e ouvi outros amando, outros amores, porem o que se pode falar sobre o amor...

As histórias podem ser parecidas, mais as pessoas, as vivências, as experiências são inigualáveis, são pessoais... Posso exemplificar...

Lembro que uma vez amei um garoto. Meu primeiro amor. O admirava horas... chegava a passar por ele 20, 30 vezes para ver se me notava. Cheguei a chamar a atenção de seu companheiro de trabalho e primo mais ele nunca me notou.

Fazem 20 anos e não sei de sua existência mais ele ficou gravado na minha história. Sabe aquele ditado... “Existem pessoas que convivem anos conosco e pouco representam. Outras, ao contrário, surgem em nosso caminho e sem que se espere gravam o nome em nossa existência. Você é esta pessoa.", pois é... tudo à ver.

Lembro de um outro rapaz agora um amor tímido, medroso. Escrevi cartas e cartas sem me identificar.... Usei amigas para sondar e quem sabe “ajudar” (belas amigas, se aproveitaram da oportunidade para me chifrar com o cara). Então resolvi escancara assinando as cartas e olha só o que a sorte me aprontou...

Meu nome é estranhíssimo, antes havia conhecido outra com o mesmo nome, então quando me declaro abertamente não é que me aparece uma vizinha do rapaz com o mesmo nome... è claro que ela levou o bofe pra casa, pra cama e pro altar... Caramba... Eu servindo de intermediaria, pode???

Lembro de um outro cara, um amor mais chiclete sabe... Ele era lindo (era não ainda é), atencioso, sabe daqueles que as mulheres sonham encontrar... Caseiro, carinhoso, respeitador, nem se quer olhava para o lado e nem precisava dizer “te amo” a gente sentia. Mas como chiclete, é bom no começo, cheio de açúcar, mais depois ficou sem graça, um grude.

Então sem mais nem menos cansei e acabei o lance...

Vai entender o que a gente (mulher) quer.... Reclama, compara, deseja e quando consegue despacha...

Outra lembrança absurda que tenho é de um rapaz que trabalhou comigo há uns 10 anos atrás.... Quando a gente começou a namorar eu pensei “é esse”, a gente namorou uns 2 anos, e durante esse tempo vez ou outra (5 dias na semana) eu dormia na casa dele. Já me considerava a mulher do cara e tal, até descobri que ele usava minhas próprias cartas de amor como modelo para conquistar e se declarar para outra....

Caraka praticamente morri... sorte a dele eu estar sozinha no momento em questão ou seria capaz de mata-lo com as mãos...

Uma da ultimas lembranças amorosas “falidas”...

Já ouvi, e penso que vocês já ouviram também, falar em amor de verão, amor de carnaval, amor de reveillon... Pois é, eu vivi um amor eleitoral...

Caramba.... Parecia feitiço. Eu trabalhava numa repartição publica onde havia um longo balcão com janelas de vidro (como caixa de banco), ele passou no corredor e me olhou e eu o olhei e baam... foi fatal. Era ano político e ele vivia em função disso, militante doente do PDT. Nessa época eu possuía um cargo administrativo e por isso era forçada a trabalhar no apoio a campanha eleito do mesmo candidato do tal rapaz...

Nos encontrávamos muito na rua, comícios, reuniões... ele sempre cercado de mulher (e nem era bonito) começamos a “ficar”, dormir e etc...

Me apaixonei. Só que ele era comprometido e eu não sabia... alguns meses nesse rolo, ele me chaga e diz “olha não dá mais, tenho namorada e ela ta grávida”. Outro tombo. Poxa, que vida bandida ou será que meu coração que é vagabundo???

Pois é continuando... envolvida como está, me humilhei, chorei, implorei e até me propus a ser a outra (o que ele aceitou), olha que viver na incerteza já é uma barra imagina saber de tudo em detalhes...

Um dia a tal garota, a 1ª dama, ficou sabendo e ai começou a infernizar a minha vida, ligava o tempo todo “passando mal” só para tirar ele da minha cama ( quer dizer do meu lado porque a cama era dele) e eu ficava chorando...

Cheguei a desistir muitas vezes mais sempre voltava arrependida e ele adorava... um dia ele me liga de madrugada muito doido pede pra ir encontra-lo num hotelzinho desses de beira de estrada... eu fui...

Cheguei lá tinha cervejas, tacos de cigarros e de algo mais espalhados pelo chão, uma bagunça... ele tava jogado na cama... continuou calado por um tempo até que desabou num choro e quando se acalmou um pouco me contou... “havia pego a outra a tal 1ª dama com outro cara e achava que o filho não era dele e havia terminado o tal compromisso, que agora seria meu e que eu seria sua mulher...”

Engano ledo acreditar nisso... mas eu acreditei... ser carente é f...

Casamos de papel passado e tudo, maior erro da minha vida.

Insegura por natureza comecei surtar. Achava que ele faria comigo o que fez com a outra (ou melhor com as outras, porque depois fiquei sabendo que não era a 1ª vez), pensava que toda vez que ele saia ia se encontra com alguém, que ia me trocar... fui tomada pelo ciúme e desconfiança de um jeito que não tinha mais jeito (da pra entender)... horas haviam que até pensava em morte ( a dele é claro) a coisa ficava cada vez mais feia.

Então 4 anos depois (ano letivo novamente), não teve outra solução a não ser separar.

Etá vidinha complicada heimmm...

Vale lembrar que cada pessoa contribui um pouco para o que acontece, cada um tem sua parcela de culpa.

E a gente aprende um pouco com cada erro, adquire experiências e tenta acertar na próxima...

Será que deu pra entender o que eu quis dizer sobre as diferentes formas de amar???

Bem essa foi uma versão dos fatos, cada um tem impressão do que vê, do que sente.

Mais não foram só relacionamentos ruins.

Já vivi outros diferentes, já encontrei histórias semelhantes, e ate tentei interferir, aconselhar, porém como já disse as experiências nunca são iguais...

midynigth
Enviado por midynigth em 14/02/2008
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