O TAMANHO DAS PESSOAS

Enquanto as pessoas não se igualam em todos os níveis, culturais, econômico-sociais e espirituais, ainda por muito tempo, iremos conviver com diferenças que muitas vezes extrapolam a própria condição social de cada indivíduo.

Pecamos ao pensar que o simples fato de uma pessoa ascender à determinada classe, possa também crescer como pessoa.

A visão que temos sobre os valores são determinantes para avaliação de cada caso.

Conheço analfabetos das letras com grande capacidade de entendimento e sabedoria, por outro lado pessoas de elevada classe social, ainda não conseguiram sair da idade da pedra e, como animais, vivem usufruindo o pasto que a natureza oferece.

Como homem e até mesmo pelo meu lado crítico, estou sempre em alerta contra essas mazelas e até fico estarrecido. No entanto, vejo que nem mesmo o sofrimento consegue fazer com que algumas pessoas enxerguem além do próprio umbigo.

Meço as pessoas não pelo que elas possuem, mas pelo que elas realmente são. Meu olhar crítico vai medindo-as e usando como parâmetros suas falas e até mesmo o seu modo de se portar perante seu semelhante. São pessoas arrogantes, que imaginam que são melhores, pelo fato de possuírem alguma coisa.

Chegará o momento que não conseguiremos encontrar paralelos, a não ser o de primitivos que ainda não sabem a diferença entre o ser e o ter.

Elas conseguem apenas ter, mas quase nunca serão.

São tão pequenas que até escrever alguma coisa sobre elas, as engrandece. Ainda bem que elas não sabem, senão poderiam achar que tudo é elogio.

São essas pessoas que continuarão a atrapalhar o processo evolucional do restante da humanidade, pois, enquanto todos não se igualarem, ainda aqui estaremos, tentando encontrar um meio de colocá-las ao mesmo nível dos outros.

Nossa indiferença as torna ainda mais distantes e enquanto umas vão, outras ficam e estas serão peso morto diante do processo evolucional dos outros.

São essas pessoas pequenas que nos faz sofrer, não por ofensa, mas pelo o que elas são.

Nada.

20-12-07-VEM

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 23/02/2008
Reeditado em 25/03/2008
Código do texto: T871697