A Vida Como Ela Poderia Ser

Mais um dia de sol. Acordo pela manhã com uma preguiça no corpo, um sorriso na alma. Antes de levantar da cama sou surpreendido por um beijo amigo do meu filho, impulsionado por sua saudade sentida no seu tempo imaginário.

O cheiro de café fresco impregna o ambiente. Na mesa, o pão quentinho é saboreado com calma e carinho, fazendo o meu desjejum. O jornal chega

pelas mãos do porteiro, anunciando a manchete do dia.

Bem, estou pronto para mais uma caminhada matinal. Na rua, revejo os companheiros que, como eu, procuram manter o vigor físico, os corpos em forma, tentando o que parece impossível: frear os desgaste do tempo. Após uma hora, estou com o corpo suado, cansado, porém, com um enorme bem-estar .No banho a água caindo delicadamente no meu corpo traz a lembrança das carícias da mulher amada, dos momentos de êxtase, em que toda a sua feminilidade desabrochou ao meu toque.

Doutor! Doutor! Tem uma criança para atender!

Pô! O sonho acabou! O Sacerdócio me chama. Viva a pediatria!

Roberto Passos do Amaral Pereira
Enviado por Roberto Passos do Amaral Pereira em 31/03/2005
Código do texto: T8862