* Exame de consciência *

Emoções

Exame de consciência

Uma das mais expressivas formas de auto conhecimento é o chamado "exame de consciência". Nele estão impregnados nossas mais secretas atitudes, nossos devaneios, nossos temores, nossos tremores, nossas ansiedades, nossos arrependimentos por sempre estarmos tentando ludibriar nossos semelhantes nas vergonhosas singularidades que constituem as vêzes nossas mais íntimas intenções. Recantos secretos esses que são para todos, mas acentuados em verdades que sempre costumamos esconder, pela vergonha de sua existência e temor de nos fazermos ser reconhecidos. É o grito lancinante de nossa esfera íntima, nossos tropeços e inquietudes que nos avassalam a alma. É o mata borrão das nossas culpas, das mossas tristezas e dos nossos desatinos, impressos em certezas tais que não podemos negar a nós próprios suas existências.

Passo a passo ele nos acata, nos rejeita, nos acusa, nos repele, nos afaga, nos cobra. Em ondas de ternura também ele nos brinda com ares de extrema satisfação, envolvente em manifestações de certezas e cores das nossas atitudes coerentes e distintas.

Muitas vêzes à noite encharcamos nossos travesseiros de lágrimas que inundam nossas faces no arrependimento de erros cometidos, de interpretações errôneas sobre nossos semelhantes a ponto de fazê-los infelizes e nós com a consciência pesada.

E vem a vontade de chorar baixinho, vem o desejo imenso de reconsiderar tudo para recebermos o perdão de quem ofendemos e voltarmos a ser queridos amigos. E ficamos com a consciência leve, com a paz que nos dá alento para um bom repouso.

Ah! Bendita consciência que nos faz seres humanos. Que é nosso tribunal das grandes e pequenas causas, regente de nossa conduta como dignos filhos de Deus e da Sua Grandiosa Sabedoria. Que saibamos extrair, dos exemplos obtidos, a força que nos embala e acalenta. Consciência, nosso refúgio escondido dos nossos momentos, dos nossos sentimentos

Ah! Bendita paz que nos faz justos, alicerçando nossas virtudes com amor, calor de eternos seres na sabedoria avassaladora de nossas vidas. Respeitemos nossa consciência e façamos sempre análises de nossos atos, até de nossas atitudes, mesmo as mais simples, para estarmos tranqüilos e podermos conviver conosco mesmo.

Que Deus nos ajude a sermos justos com nossos companheiros dessa grande jornada!!!

E, na dádiva de sua Bondade, nos ajude a relevarmos as fraquezas de nossos semelhantes!!!

Maria Myriam Freire Peres

Rio de Janeiro, 01 de novembro de 2004

Myriam Peres
Enviado por Myriam Peres em 06/04/2008
Reeditado em 06/04/2008
Código do texto: T933528