DIA DAS MÃES...

O dia das mães acabou no dia que minha mãe se foi.
Lutou pela vida e para viver até os 89 anos.
Preocupava-se com os filhos, netos e bis-netos.
O dia dos pais também acabou pra nós, quando nosso pai se foi.
Ainda cedo para os dias de hoje, tinha 77 anos.
Nossos pais, eram nosso porto seguro, o amor presente.
Fomos tão amados, mas tão amados, que não estávamos
preparados pra vida fora daquele lar de amor e alegria.
Nossos pais se amavam muito, viviam um conto de fadas.
Meu irmão e minhas irmãs fomos criados vendo aquilo.
É como tivéssemos sidos criados para viver o mesmo.
Antes do meu pai morrer, ele se declarou pra minha mãe,
dizendo o quanto a amava e que sempre a amou.
Que teve ao lado dela e dos filhos a melhor vida que
um homem poderia desejar, e falou: eu fui muito feliz.
Minha mãe não quis fraquejar e disse: Eu te amo e sou feliz.
Com a partida do meu pai, ficamos pernetas.
Mas nossa mãe nos segurou, para aliviar o sofrimento dos
filhos. Fazendo com que vivêssemos a nossa vida normalmente.
Mas seu travesseiro, amanhecia molhado.
Quando ela se foi, todos nós despencamos, perdemos o equilíbrio,
nos descontolamos, como se tivéssemos perdido a sanidade.
Nosso luto foi longo, brigamos entre nós, que sempre nos amamos.
Até que a lucidez e a dor amenizasse, nos reunimos, nos abraçamos
e junto choramos a nossa dor.
Hoje, caminhamos na corda bamba, pois não vivemos o conto de fadas
e não temos o porto seguro dos pais. Mas nós irmãos ajudamos uns
aos outros, sem muito sucesso para as soluções, mas com todo o
amor que herdamos de nossos pais.
Na foto, em ordem de idade o primeiro foi o meu irmão Cláudio, depois
a Tania, a Nagli, a Naiara e eu.
Maysa Barbedo
Enviado por Maysa Barbedo em 11/05/2008
Código do texto: T984834
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