hoje acordei optimista... +

Às vezes traço objectivos na vida, sempre a curto prazo. A longo prazo, não mais que morrer. A curto prazo, estou a pensar acabar... qualquer coisa que ando a fazer.

Sou um optimista, porque não tenho mais nada que fazer. Se fosse obrigado, andava na guerra, à espera de morrer mais cedo. Hoje acordei optimista, como sempre, não tenho é muito a dizer, porque me estou a lembrar das coisas aos poucos.

Este é um discurso onde a voz chega até vós através de palavras cuja realidade invento sem descobrir rapidamente, escrevo-as sem grandes pausas. Quase a mesma, senão a mesma, para uma virgula, um ponto final, até para um ponto parágrafo.

Nos parágrafos sempre salto de linha, mas não há verdadeiramente qualquer diferença, continuo com a mesma crença: enquanto mexer os dedos estou a escrever, enquanto escrever vejo o que estou a pensar, enquanto vejo o que penso, distraio-me a olhar qualquer coisa de...

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6 Acho que não consigo chegar à percepção clara e definitiva dum texto: o 66. No entanto, leio-o e conheço todas as palavras, memorizo-o até o saber de cor. Escapa-me, embora sinta a sua realidade, a separação do texto em dois parágrafos. Não só distintos, também deixando entre eles uma linha

em branco. Só consigo pensar

pertencer à ordem das coisas transcendentes, esta mensagem simples… 6

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6 da Introdução ou Prefácio, do Assim Mesmo, para este “69” quase concluído 9

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 04/06/2005
Código do texto: T22016