Minha intenção de escrever sobre fundamentalismos alternativos.

Por experiências vividas em família, escolas de padres e círculos de amigos, fui pegando uma resistência muito forte a religiões e pessoas religiosas.Mas não sou ateu. Alguns acham que sou... Apenas não gosto de religiões. Mas tenho meus princípios, que fazem sentido pra mim e pronto. Não é problema de ninguém.

Seja como for, tenho mais amigos cientistas e ateus do que religiosos, me entendo melhor com os agnósticos do que com "crentes" de quaisquer correntes.

Meu artigo sheldon-inspired vai falar sobre o exagero para o outro extremo... o fundamentalismo da descrença. Sobre um tipo de arrogância científica, que debocha de todo e qualquer traço de fé, como se a perseguida equação do Big bang fosse capaz de explicar o porquê das coisas, o sentido da vida, a dor de uma saudade ou a esperança que não finda.

Penso que o reducionismo simplista típico da mente ocidental é nocivo à evolução. No budismo (do qual muito bebi) o caminho do meio é baliza moral. Ser radical é muito mais simples. Basta filiar-se a um estereótipo e dele não se afastar. É relativamente fácil ser exagerado, em qualquer área.

Meu ponto é: Não vejo diferença prática entre o fanatismo religioso que mata em nome de deus e a frivolidade científica que desenvolve remédios sofisticados só para quem os pode pagar, ou armas de destruição em massa para licitações internacionais. Não vejo diferença entre o que corta cabeças pela imposição de uma fé e o que mata a pauladas num estádio porque torce para outro time. Fanatismo é fanatismo. Subcategorizar os fanatismos conforme seus atributos aparentes é mera distração filosófica, inútil na solução da questão e potencialmente perigosa na medida em que cria segregações e correntes dinâmicas de apoio e confronto. Viver não pode ser como torcer desmedidamente para um time.