Discurso na posse da 3ª diretoria da Academia Altamirense de Letras

Academia Altamirense de Letras

Auditório da EMEF Dom Clemente Geiger

03 de fevereiro de 2018

Discurso de encerramento de posse e

Posse da 3ª Diretoria da Academia Altamirense de Letras

Eleita para o biênio 2018/2019

1 - Saudações aos presentes

Autoridades da Mesa

Autoridades da Plateia

Pessoas em geral

2 - A Academia Altamirense de Letras, gestada durante décadas por outras instituições que a planejaram, nasceu em 20 de agosto de 2010. Sem bens, sem posses. Apenas à luz da vontade de seis membros da antiga Associação de Escritores da Transxingu. Necessitou de uma manjedoura para nascer e, esta lhe foi apontada. Pode ser bem ali. Em uma sala na Escola Polivalente de Altamira. Foi um nascimento singelo. De uma Intuição extraordinária. Talvez, a mais importante. Assim será reconhecida quando o tempo passar e séculos haver completados de anos a fim.

3 - Não sabe a humanidade hoje tamanha relevância trará para si estas casas das letras focadas em ficarem vigilantes da história, dos costumes, dos modos de vidas, das culturas do povo, registradas em diversas obras de escritores regionais, paraenses, nacionais e viajantes que por aqui passaram.

4 - Inúmeras são as obras e escritos minutados do ditoso chão como denomina autor do hino de Altamira, Jonata Batista. E fecundo não é só o chão. São também as Letras.

Letras e literatura iniciada ainda no século XVIII e bem parecida com a Literatura Brasileira. Nascidas das Missões Jesuíticas e Literatura Informativa abrolhada dos registros dos viajantes que foram muitos chegados do mundo inteiro para conhecer a terra de verdes matas e águas calmas da frente da ilha do Arapujá. Sendo a primeira delas as Cartas do Padre Roque Humderpfoun a Corte Portuguesa, ainda em 1750. De lá para cá, ao longo do tempo, em várias fases, sob várias visões, escrita a punho, em máquinas e no computador as Letras altamirenses cresceram e transbordaram. Não podia então a Associações dos Escritores da Transxingu ter muita vida. Foi imprescindível nascer a Academia Altamirense de Letras. Para estudar, guardar e proteger e incentivar a nossa Literatura.

5 Com o afinco tem crescido a Academia Altamirense de Letras, vigilando e incentivando e protegendo as produções literárias de Altamira e região arriscada a naufragar no descredito e passível de desaparecimento da civilização. Quando não cuidada e isso que acontece. Só a memoria, só Contação de história não mantem o passado vivo. É preciso livros.

6 em sete anos e meio, a Academia Altamirense de Letras consegui instalar-se na sociedade altamirense e municípios circunvizinhos. Além de apresentar-se para o Brasil e para o mundo através da Primeira Freira Internacional Literária do Xingu, realizada em 2017.

Participar da FLIX foi como realizar um grande passeio pela Paris dos intelectuais; Foi como sentar à Praça da Grécia antiga com os filósofos Sócrates e Aristóteles; Foi como estar participando da Semana da Arte Moderna no Brasil. A FLIX maravilhou jerarquia intelectiva da Amazônia e acordou a casta impassível à leitura e escrita desta parte do Brasil.

No passo a passo contamos hoje com uma entidade sem fins lucrativos autorizada, registrada e autentica. Composta de 31 membros empossados e perpétuos. Atividades importantíssimas foram e continuam sendo realizadas. Muito ainda tem-se por fazer. Passado as duas diretorias e hoje outorgando a 3ª diretoria desejamos sucesso, na condução dos trabalhos e nos colocamos a disposição para colaborar. Acreditamos na Luta em prol das palavras, da Literatura e fomentação da cultura para crescimento e desenvolvimento da sociedade altamirense e transamazônida.

7 precisamos sair do amadorismo enquanto escritores. A família altamirense precisa ler mais. As autoridades precisam nos valorizar também um pouco mais. E nós, temos que escrever e publicar mais. Por isso a Academia Altamirense de Letras precisa estar mais estruturada. Dois planos de gestão já foram realizados. Vem ai o terceiro. Que Deus continue abençoando nossos escritores que tem se disposto a conduzir a Academia Altamirense de Letras.

Não podemos ignorar a sapiência divina em nossas vidas.

Comparo hoje a situação do publico leitor e o publico não leitor em nossa região. Indubitavelmente, o maior, é não leitor. Podemos afirmar – vivemos num deserto. É assim que sente um escritor, um leitor. Chega a ser até desesperador observar que principalmente na adolescência, aumenta a paixão pelas mídias e a leitura, esta sim é sempre segundo o terceiro plano.

8 Mas, não vamos desesperar. Basta que confiemos em Deus. Foi para o deserto, foi no deserto que ele escolheu Moisés. Moisés foi um líder prudente e tirou o povo do deserto. No deserto também se produziu frutas. Nossas obras são frutos no deserto. Nova diretoria! Público aqui presente! Vamos sair do deserto.

Com esta comparação encerro meu discurso.

Boa noite caros confreiras e confrades. Autoridades e pessoas em geral.

Sônia Aparecida Feiteiro Portugal

Ex-presidente da Academia Altamirense de Letras

Sônia Portugal
Enviado por Sônia Portugal em 04/02/2018
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