Jardim dos sons

Longe deles,

Dos sons, longe da sopa, longe dos macacos, longe até do Pai,

Perto, das três da manhã, meu ser, sem rimas, sem sentido, ressentido...

Poeta?!

Poeta de longe, que sons não monopolizam,

Que sopas não sustentam,

Que macacos não simpatizam,

Perto...

Do vento madrugueiro há um tumor, que rola pelas ruas livre e gargalha.

Quero ver se em mil anos, se fazem crianças felizes,

Não verei,

Não verei mil anos...

Lastimável...

Agora sim macacos simpatizam,

Me socorrem e segurem,

O tumor rolante,

Antes que se acabe com o Jardim de sons...