Sobre feminismo...

Tempos difíceis estes, de grande intolerância. Antigamente (e ingenuamente), eu acreditava que a ignorância era o principal fator que justificava a intolerância (hoje sei que o problema não é ignorar, mas acreditar que não se ignora). Ingênua ignorância a minha, havia esquecido dos privilégios… Tempos difíceis, onde se confundem fatos com interpretações e, não se permite uma fresta de espaço para a empatia (aquele raro exercício de se colocar no lugar do outro). Chega dá medo se expressar, já sabendo que entre o que foi escrito e o que será interpretado (abismo), talvez nada agradará…

(…)

Mas, como não posso NÃO deixar de me posicionar (sob pena de me posicionarem onde eu não quero), declaro: sou a favor do feminismo (ou ao menos, tento prestar atenção nos meus privilégios enquanto homem, para não replicar preconceitos)! E por quê? Não simplesmente porque sei que o machismo mata (e isso já deveria bastar)! Mas também, porque tenho mulheres na família… e sei (exercício de empatia) que elas não podem andar sozinhas pelos caminhos que a luz do dia (pois a noite, nem pensar!) eu me perco; pelo simples fato de serem mulheres.

Por isso, para elas, eu desejo equidade (igualdade com justiça), porque sei que ser mulher num mundo machista é um desafio que nenhum homem suportaria (“sexo frágil” é o nosso). Enquanto este dia não chega, até lá, continuo prestando atenção nos privilégios que tenho enquanto homem, sem esquecer que sou filho de uma mulher…

Para saber mais sobre feminismo, recomendo o texto do (e também agradeço) Alex Castro: Feminismo para homens, um curso rápido.