INDEPENDÊNCIA NO PAPEL

Mulheres ganhando menos e trabalhando mais

Índios que ainda são tratados como se fossem irracionais

E milícias controlando governantes nacionais.

O sete de setembro é, deveras, uma data simbólica,

Mas diante da tal independência há controvérsia.

Recorde de desempregados

E os brasileiros desabrigados

Dependendo de favores

Ainda bem que restaram amores

Que ainda se pode contar.

É válido comemorar a data,

Mas é ingrata

Essa tal de independência

Onde a decência

Só cabe aos ricos,

E aos pobres os “micos”

De pedir esmola

Sem respeito e sem escola

Num país “escravo” da desigualdade.

“Escravos” dos altos impostos e juro

Pequenos negócios se perdem no escuro

E falecem.

Independência!

Onde tu andas?

Vem cá, quero te ver.

Vem me convencer

Que vivo num país livre

De fato e de direito!

Ênio Azevedo

Luciênio Lindoso
Enviado por Luciênio Lindoso em 08/09/2020
Reeditado em 08/09/2020
Código do texto: T7058007
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