Mania de Escrever

Por Nemilson Vieira de Morais (*)

Quem me dera! Lá na frente, valer a pena o meu querer (no pensar, no escrever). Fora bem lá atrás, que no riscado da pena revelei meus sentimentos, construí a minha história…

Os meus primeiros dizeres de aprendiz de escritor se deram no pedal da bicicleta: na viagem ao que dizer. Unia uma palavra à outra e formava algumas frases. Com várias destas organizei um texto e este com outros, um vasto material, talvez relevante ao registro, num livro.

Na contação dos meus causos expus dilemas…

Em rabiscos-poéticos ou não, revelei meus sentimentos, emoções e pensamentos… Alguns argumentos não passaram de meras sugestões, sem pretensão de me levarem a sério…

Narrativas que dramatizei além do necessário; errei, magoei, precisarei revisar. — Pedi desculpas, perdão pelo cometido (tardiamente).

Mais comedido revejo conceitos, conteúdos que lancei ao mundo. — Sem deixar esse prosseguir de escrever.

Com mais cautela nesse aprendizado, num esforço de acertar, hei de errar bem menos (espero).

Possivelmente nessa lida aborreci alguém, em palavras ou ideias mal colocadas, postes desnecessários…

Na falta de experiência expus realidades distorcidas… e por não pensar, falar, escrever corretamente, não tratar com mais carinho a nossa língua pátria.

A adversidade não deve nos separar e sim, nos unir em torno das nossas demandas, comuns, essenciais à vida. Como as ideias, a opinião, a paz, a tolerância, os sonhos… — A alegria do estar juntos; mesmo na diferença.

Nas minhas exposições, necessárias ou não, revelei sem reservas, as minhas fragilidades, acertos; na verdade, não pude expor o que não senti.

Esse gosto de expressar-me, com intuito de ser útil no que digo; posso expor-me além do necessário (e tome consequências).

No entanto, sem nada dizer, não devo ficar, pois, não cumprirei o meu papel e nem atenderei a minha cidadania.

O que passou, passou… poderei melhorar, se cultivar o cuidado no dizer, coerência, coesão e harmonia no que ainda ei de escrever.

*Nemilson Vieira de Morais,

Gestor Ambiental e Acadêmico Literário.