TEMPORAL LEMBRANÇA

Que falta me fazes você, amigo

Velho no retrato vê-se eternizado

Em teu rosto ainda um farto sorriso.

Não fosse pela cruel perecibilidade

Do papel já esmaecido, não fosse

Pelo soluço do adeus duro e repentino.

Bem queria que agora pudesses ver

Como a tua cidade alegre respira

Em luto por tua ida, soturna padecia

Hoje serena, florece tal como se edifica.

Como previsto, os novos dias são tidos

Em que não te evocam nos diálogos

É vista a noite em já que não te sentem

Fazendo pungir ausente tua companhia.

Mas que te importas isso, amigo?

Se nada agora possa levar contigo.

Que importa o insight da noite

Na manhã do momento olvido? 

Tua sorte é está inconsciência 

De cabal imunidade ao perdido

Mas teu óbice é não saber do sorriso

Que tinhas quando vivo, amigo!

HenriqueBazzí
Enviado por HenriqueBazzí em 25/12/2017
Código do texto: T6207987
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