O que deseja agora, amigo meu? & Passou da Conta

Saudações amigos escrevedores

Diz um ditado:

Quando um não quer dois não brigam.

Mas não é bem assim

Eu e a Mary escrevemos algo a respeito

Veja se vocês concordam

Boa leitura

"Duetos de Outono"

O que deseja agora, amigo meu?

Marilena Trujillo

Eu lhe dei o melhor de mim,

Toda a confiança e carinho.

Ouvi seus lamentos nos dias ruins

Chorei as pedras no seu caminho...

Vibrei com suas conquistas. As mais

Sonhadas, esperadas, ansiadas....

Choramos juntos traições, deslealdades

Era linda a estrada nessa amizade abençoada.

E nosso pacto era de um ser pelo outro.

Quantas injustiças choramos os dois?

Quanta desumanidade nos assombrou?

Mas só o tempo sabia o que viria depois...

Mal sabia que sua traição seria cruel,

Que o que sentia era raiva, ressentimento.

Que retribuiria o doce afeto, devolvendo fel...

Era seu peito desprovido de bom sentimento.

Na penumbra seus planos diabólicos jorravam

Em armações e planos inconfessáveis...

Alma negra se escondia sob um rosto bondoso,

Pérfidas intenções por trás de gestos amáveis.

Minhas lágrimas derramadas pouco importavam,

Desde que sobre meus ombros você fizesse sucesso.

E que pudesse mostrar ao mundo que era o bom.

Mas tudo tem um final amigo, hoje esse triste regresso...

Maltrapilho, cabisbaixo, feito um nada, maltratado...

Busca meu amparo, meu carinho, minha mão,

O que quer de mim, o que deseja agora, amigo?

Com o peito ferido, dolorido, só posso dizer:

Vá... siga seu caminho, já lhe dei o meu perdão!

Mary Trujillo

Passou da Conta

Marcos Milhazes

Coisas da vida,

Coisas que vão andando

Sem olhar onde pisa

Coisas que dão tanta felicidade

Coisas que produz desamor

Coisas de muita dor

Coisas que queria guardar

No fundinho de minha gaveta

Coisas que não consegui me livrar

Coisas, coisas de ser só eu...

Como foi à coisa da minha vida...

Coisas que se passaram e me ensinaram

Coisas de vaidade e egoísmo

Sei, causei-te desamor e agonias

Perambulando com vãs companhias

Adormeci e não percebi que

fostes querida, amiga e amante

E nunca conseguia vê-la assim antes,

Coisas de errante

Ah, na hora da queda

Procurei-te acanhado e acabado...

Recado recebido e assimilado dentro da razão

Enfim, outra vez doaste-me sua mão e compaixão

Então, entender e ser capaz

Vou à paz, deixo-te em paz

Como coisas que te ofereci sem medida

Diz, me conta!!!

Você não acha que passei da conta?

Marcos Milhazez

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Mary Trujillo
Enviado por Mary Trujillo em 10/04/2006
Código do texto: T136642
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