Se não Podes chegar a Tempo em minha Vida,
 
                                                       ®Lílian Maial & Nathan de Castro
 
 
 
Se não podes chegar a tempo em minha vida,
Então esquece o beijo, o verso e as nossas linhas.
Deixa a lágrima ardente se juntar às minhas,
Numa doce sangria a ousar nossa ferida.

 
Um soluço hibernado de uma dor parida
Ecoa em nossas tardes de distantes vinhas,
Infernal revoada, loucas andorinhas,
As lembranças do amor, sem noite ou despedida.

 
Na lonjura entalhada, um peito de incertezas.
No comboio de sonhos, dormentes tristezas,
E um punhal de luar a lamentar nós dois.

 
Tantos planos nas veias, já coagulados,
Por uns versos estóicos, desejos calados,
Que deixamos estanques pra viver depois.

 
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