DUETO VIRTUAL XIII COISA LEGAL - CIGANITA E CAMINHANTE LUNAR

No meu diário tenho teu nome!!! Ah!!! Prosador da lua.

Espaço guardado em folhas brancas e linhas finas.

Preencho minha ideia!!! Você completa com a sua

Teu reflexo!!! Passatempo!!! E o vento!!! Ele nos refina.

Soraia

Não tenho diário, mas tenho o teu nome gravado,

Em linhas brancas, finas, num recente bordado,

Transformo tuas ideias em palavras minhas, carrego

O dueto, em mim o completo, atiro-o ao vento.

Caminhante

Duetos!!! Uma cigana brasileira e curiosa.

Um caminhante errante lunar!!! Miragem virtual.

Frequência de versos!!! Comando essa poesia dengosa.

Te passo e repasso meus pensamentos!!! Complete esse mal.

Soraia

Errante por que caminho, não tenho motivo parado,

Descanso, erro mas quero continuar a caminhar,

O dueto não erra, sempre te consegue alcançar,

Conhece muita gente e não o faz num único sentido.

Caminhante

Uso telescópio para te ver!!! Na lua!!! Na rua.

Um Génio projectado por esse mundo!!! Uma charada.

Amizade não tem preço!!! Mas tenho pressa da sua.

Delego-te a resposta desse poema!!! Dê a virada.

Soraia

Sou pequeno, mas não sou distante,

Sou aquele livro que está na tua estante,

Desfolha, não sou génio, apenas um agente

Do nosso pai sol, sou mais um representante.

Caminhante

Concerte o que não escrevi!!! Acrescente estrofes.

Use réguas se for preciso!!! Mas não me dê trégua.

Coloque o termómetro literário!!! Sem catástrofe.

Enfileirei palavras!!! Nossa galeria a mil léguas.

Soraia

São almas gémeas, a amizade e a confiança,

São elas que juntas equilibram nossa balança,

Uma dá de presente a mais bela lembrança,

A outra jamais deixa morrer a esperança.

Caminhante

Apare as letras!!! Repare nos acentos!!! Isso é grave.

Textos sem sentimentos!!! Protesto sem bónus.

Uso adrenalina!!! Sem frieza nas frases.

Leiam!!! É pura alegria!!! Não causam qualquer ónus.

Soraia

Não tem concerto… é completo o que escreves,

A régua usada encontrei-a na geometria sagrada,

Tréguas a quem faz guerra num copo de água,

Não reparo acentos, mas nos acenos das tuas poesias

Caminhante