Algemas /da liberdade

Não me prenda em algemas, / que estão a te escravizar

nem escorra em minhas veias / os teus poemas

como sangue que não quer estancar. / Como se preso em teias...

Não provoque a minha ausência / em contratempo,

nem me tatue de verdades / que são tuas,

que já se esgotaram com o tempo. / E estão em degredo.

Não me encontre na profana lua / do encantar,

das noites em segredo / que desalegre

insisto em visitar. / Pois, me falta o juízo...

Não me pinte em cores alegres, / nem te faças rochedo

dominado pelo meu sorriso. / Que te chama...

Sou matizes do teu profundo medo. / E de tudo o que mais quer.

Não crie em mim, uma dama... / Com vicissitudes...

sou apenas Mulher, / Livre de modelos,

sem grandes virtudes... / Mas, que dança a tua valsa,

que passeia em teus pesadelos / e sem nenhum pejo

...descalça... / cheia de vontade... Desfilo.

te fazendo arder de desejo. / No mais completo sigilo... da liberdade!

ANGELA LARA / Tânia Regina Voigt

Tânia Regina Voigt e Angela Lara
Enviado por Tânia Regina Voigt em 14/06/2009
Reeditado em 17/01/2015
Código do texto: T1648702
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