DOIDOS... SOMOS POETAS
Marcial Salaverry
 
Poetas que somos,
se a doidos não chegamos,
pouco faltará...
Amores imaginamos,
com sonhos sonhamos,
esses amores vivemos
nesses sonhos que temos...
Sejam nossos ou não,
são amores, mexem com  o coração...
Pensamos num mundo de Paz,
e disso o mundo é incapaz...
Queremos ver viva a Natureza,
e o homem quer acabar essa beleza...
Queremos para todos a felicidade,
mas... cadê de todos a vontade?
Então nos revoltamos,
contra as injustiças protestamos,
mas não escutam o que falamos...
De doidos e alienados somos chamados,
por causa de nossos versos apaixonados...
Até de insensíveis fingidores,
ou simplesmente, de doidos atores...
Finalmente, com o mundo concordamos,
e totalmente doidos nos achamos...
Mas... analisemos e convenhamos...
é uma doideira gostosa,
e nossa imaginação maravilhosa,
nos leva ao espaço infinito,
saindo deste real tão finito...
Poetemos neste poetar tão bonito,
e pra variar, deixando o mundo aflito...
E para terminar apenas,
como no mundo há penas,
vamos nos unir em volta
de algo que ao mundo revolta,
procurando essa tal de PAZ...
 
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DIVINAS LOUCURAS!...
Carmen Cristal
 
É só ter  um teclado
Ou lápis e papel na mão,
Que vai ganhando espaço,
Deixando que fale o coração!...
Em palavras que formam versos,
No reverso do sentido,
Sentindo como se
Fosse dono do mundo...
Um mundo onde
Muitos não o valorizam,
O taxam de louco,
Inconseqüente,
Demente!...
Aquele que vive de ilusões,
 Utopia das razões,
Sonhos inacabados,
Relações desfeitas,
Dor de amor!...
Amores sem amanhã...
E já dizia o Poeta:
"Fingidor que deveras sente!..."
Sei que:
Fingindo ou sentindo,
Vai o poeta, nas malhas do destino,
Tecendo versos,
Dizendo o que lhe vai n’ alma
Que a rima acalma,
Até uma próxima Poesia
Que reivindique valores,
Tente humanizar corações,
Gritando pela Paz,
Sofrendo por Amor,
 Quiçá encontre as respostas
E aquiete esse fogaréu,
Que carrega no peito
E o faz ser desse jeito...
Poeta ou louco,
Ou talvez um louco poeta...
Mas seja como for,
Ele tem é coragem,
Grita para se fazer ouvir
E nesse barco de tantas emoções
Será sempre o coração,
Pelo inverso das razões,
A comandar o leme...
 
08/10/1009
13:40min
 
CCristal
Enviado por CCristal em 10/10/2009
Reeditado em 10/10/2009
Código do texto: T1857979
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