SINFONIA TRISTE


Caminhos que se desencontram
no furtivo desviar do olhar,
sonhos tantos se desencantam
na lágrima solta a rolar.

Pelas estradas frias da noite
estrelas vazias e caladas...
Corta o vento qual açoite
na solidão das madrugadas.

Corpo aflito se move lento
no silêncio que invade,
alma nua ao relento
querendo um abraço suave!

Amor em tons de ansiedade
solfejando gemidos-lamentos,
sinfonia triste da saudade.

Anna Peralva

04/10/2007

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SINFONIA TRISTE
MARISE RIBEIRO

Sinfonia triste a martelar
sons cruéis e desumanos...
Vazio de harmonia no olhar,
inundados de dor em oceanos...

Calo a voz que grita em mim,
clamando pela companhia do além...
E deixo um silêncio sem fim,
embalar-me num sono que não me vem.

Nada adianta e a sinfonia recomeça
na lentidão de quem não tem pressa
em supliciar um corpo enfraquecido...

É como a enervante gota da torneira,
pingando nesta alma prisioneira
até levar-me a um último gemido...

09/12/07



Anna Peralva
Enviado por Anna Peralva em 08/01/2010
Código do texto: T2018187