Solidão

Solidão! Monstro que me consome!
Sem dó, percorre minhas entranhas;
do meu amor, não matando sua fome,
em viés, com ele, faz sua barganha...
 
Sempre escusos os seus disfarces,
surge, rastejando qual vil serpente...
Minh’alma em luz decifra suas faces;
do meu amor, nunca terá a semente!
 
Torna-se o espinho e, não a sua flor,
roubando-lhe as pétalas e seu aroma.
A cada segundo, aumenta minha dor...
 
A dor não soma; o vazio, tudo toma!
Acorda! Há sonhos para se recompor!
Sou poesia...  Solidão, não me doma...

Anna Peralva & Oswaldo Genofre
Oswaldo Genofre
Enviado por Oswaldo Genofre em 08/03/2010
Código do texto: T2126686
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