Terê, a Dama do Camafeu
Jorge Linhaça
Olhem só que bela figura
toda assim de melindrosa
tá com tudo e não tá prosa
com tamanha envergadura
e olhos cheios de candura
Essa é nossa doce amiga
vestida de foto antiga
Prá nós todos alegrar
Nhá Terê das bera mar
cantadora das cantigas.
Olha o seu chapéu di fruta
encarriada como um cordel
ela ficou mesmo um pitéu
eita, minha mestra batuta
muié que num foge da luta
sorridente e tão faceira
rainha das brincadeiras
da bela turma do funil
sempre alegre e gentil
essa nossa cancioneira.
E olha só o bicho morto
de pelo branco de angorá
onde é que foi arranjá
pra enrolar no pescoço
e aquecer o quexo dos moço.
bom, eu vou me arretirando
de mansinho vou chegano
que vem chumbo dos bravo
e se língua eu não travo
nem chego no Novo Ano.
&
Tere, a dama do camafeu
Terê Penhabe
Num vale contá vantagi?
ce lembra da otra feita
que a moça mi ispizinhô
catô o retrato mai feio
que na net ela encontrô
que me deu uma gastura
que nem raspá rapadura
me vê tão borocoxô.
Meu chapéu tá memo lindo
Kondorzito caprichô
dessas frutinha madura
num teve quem num gostô
mai num sô mestra nem nada
dizem até que sô da malta
o que muito me alegrô.
Agradeço seu carinho
eu gosto de brincadera
mai tô é longe de sê
verdadera cancionera
só o que faço é arreliá
nos verso pra lá e pra cá
pra detoná choradera.
(rindo muito aqui)
O bicho morto seu moço
já num tá tão morto assim
garanto que lhe dô vida
se ele si inroscá ni mim
pur inquanto é só o pescoço
mas vira angu de caroço
se descê um tantinho assim.
Num careci guardá a língua
nem se arripiá de medo
eu só lato mai num mordo
esse é meu grande segredo
minhas rima são de paiz
num posso ofendê jamais
meus amigo nem meus dengo.
Vou ficano pur aqui
antes que venha pra cá
pueta lá de Campinas
que me chama de Yayá
incomendô um cordel
mais eu cum tanto pitel
nem deu pa iscrivinhá.
Deus te guarde minino
dê juízo si pricisá
mai que num seja dimai
pa cabeça num intortá
muito sucesso nas rima
o memo que tem co'as mina
dá pro gasto e vai sobrá.
Terê das Bêra Mar
www.amoremversoeprosa.com
Jorge Linhaça
Olhem só que bela figura
toda assim de melindrosa
tá com tudo e não tá prosa
com tamanha envergadura
e olhos cheios de candura
Essa é nossa doce amiga
vestida de foto antiga
Prá nós todos alegrar
Nhá Terê das bera mar
cantadora das cantigas.
Olha o seu chapéu di fruta
encarriada como um cordel
ela ficou mesmo um pitéu
eita, minha mestra batuta
muié que num foge da luta
sorridente e tão faceira
rainha das brincadeiras
da bela turma do funil
sempre alegre e gentil
essa nossa cancioneira.
E olha só o bicho morto
de pelo branco de angorá
onde é que foi arranjá
pra enrolar no pescoço
e aquecer o quexo dos moço.
bom, eu vou me arretirando
de mansinho vou chegano
que vem chumbo dos bravo
e se língua eu não travo
nem chego no Novo Ano.
&
Tere, a dama do camafeu
Terê Penhabe
Num vale contá vantagi?
ce lembra da otra feita
que a moça mi ispizinhô
catô o retrato mai feio
que na net ela encontrô
que me deu uma gastura
que nem raspá rapadura
me vê tão borocoxô.
Meu chapéu tá memo lindo
Kondorzito caprichô
dessas frutinha madura
num teve quem num gostô
mai num sô mestra nem nada
dizem até que sô da malta
o que muito me alegrô.
Agradeço seu carinho
eu gosto de brincadera
mai tô é longe de sê
verdadera cancionera
só o que faço é arreliá
nos verso pra lá e pra cá
pra detoná choradera.
(rindo muito aqui)
O bicho morto seu moço
já num tá tão morto assim
garanto que lhe dô vida
se ele si inroscá ni mim
pur inquanto é só o pescoço
mas vira angu de caroço
se descê um tantinho assim.
Num careci guardá a língua
nem se arripiá de medo
eu só lato mai num mordo
esse é meu grande segredo
minhas rima são de paiz
num posso ofendê jamais
meus amigo nem meus dengo.
Vou ficano pur aqui
antes que venha pra cá
pueta lá de Campinas
que me chama de Yayá
incomendô um cordel
mais eu cum tanto pitel
nem deu pa iscrivinhá.
Deus te guarde minino
dê juízo si pricisá
mai que num seja dimai
pa cabeça num intortá
muito sucesso nas rima
o memo que tem co'as mina
dá pro gasto e vai sobrá.
Terê das Bêra Mar
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