Um dueto em forma de sonetos
Heloísa Mamede em dourado
Poeta Olavo em azul



Enlaçados, peles macias aveludadas,
Tango sobejo na vitrola eternizado
Lampejo de amor dele amedrontado,
Olhares ao redor, mentes enciumadas.
 
Corpos em fusão, mãos já viajantes,
Ainda almas fugidias do encontrar
Querendo entregas em tom de amar,
Antecipações do futuro:  amantes.
 
Ele em sedução em tango erotizado,
Ela timidez, pressentia ser desejada,
Da vitrola sussurros tons musicais.
 
Somente assim em passo compassado,
Entrega fez em Cumparcita apaixonada,
Bailando sempre em semitons e ais.



NA CADÊNCIA E ACORDES DO DÓ RÉ MI, 
COM PASSOS DE TANGO QUE NUNCA VI, 
APAIXONA-SE A DAMA NO FÁ SOL LA SI, 
COMPENSANDO UM TEMPO QUE PERDI. 

SEGUIR OS EMBALOS DO SEU GINGADO, 
TER AS SUAS MÃOS ENTRE AS MINHAS,
É TUDO QUE O CAVALHEIRO ENAMORADO, 
PRECISA PARA TER UM POEMA EM LINHA.

QUERO-TE EM MEUS VERSOS SENSUAIS, 
SUAS CURVAS AQUI BEM PERTO DE MIM, 
PRA REALIZAR UM SONHO LIVRE ENFIM.

A CADÊNCIA DE RITMOS TÃO DESIGUAIS, 
NÃO VAI DEIXAR QUE SEU TANGO TERMINE, 
SEM QUE ESTA DANÇA VOCÊ ME ENSINE.




 
Heloísa Mamede e Poeta Olavo
Enviado por Heloísa Mamede em 20/01/2018
Reeditado em 11/02/2018
Código do texto: T6231119
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