Jardim das ilusões

O dia amanheceu mais rápido hoje,

pois não conseguia dormi com todos os gritos,

minha voz rouca sem ao menos gritar,

e meu olhar sonolento perdido aos movimentos.

O vento forte lá fora,

e eu... trancado novamente,

sem poder, sem querer, sem saber,

observando o triste movimento das folhas caindo.

Caindo, sumindo, voando,

vento, forte vento,

vindo, suprindo, esmagando,

e sem eu perceber, as coisas simples vão se acabando.

O silencio ao meu redor,

pareço sentir as primeiras gotas,

mas não, não são elas,

os meus olhos choram hoje.

Choram as dores acumuladas,

Choram as dores exaladas,

Choram para o ninguém,

Que sorri a me ver chorando.

E eu; caro poeta Thiaguinhu...

Tenho uma floresta

À minha frente

Na minha mente

Que chora.

Chora, sorrindo!

Do ontem inacabado

Desejos camuflados

Ironicamente, jocosamente...

Amor na floresta dos rejeitados.

Floresta que vejo em cada folha seca

Como secas estão minhas lágrimas

Lágrimas de sangue

Que se solidificaram

Com o gelo, quente e gelado...

Do meu amor

A queimar e deixar

O meu coração em dor.

Até quando...

Nulo; serei me enxergando?

Mas será que chegará o dia em que:

Ao me cegar para o mundo enxergarei,

e então viverei?

O melhor de mim

O meu desejo desejado

Meu sonho realizado

Meu medo enterrado

Debaixo de uma árvore viva

Com flores se transformando

Em frutos maduros

Como madura tem que ser a vida.

Água...Muita água viva,

neste jardim que ora planto

Ao invés de folhas secas...

Pétalas

Para enxugar o meu pranto.

Não me importarei

Com quem sorriu ou chorou

Basta-me que:

De quem eu gosto

Deliciosamente me amou.

DUETO - THIAGUINHU E KELLINHO

Thiaguinhu
Enviado por Thiaguinhu em 30/11/2007
Reeditado em 26/12/2007
Código do texto: T758511