DO PSEUDÔNIMO AO ORIENTALISMO: UM ROTEIRO REPRESENTATIVO NAS NARRATIVAS DE MALBA TAHAN

Sinopse
José João Bosco Pereira-mestrando em Literatura Brasileira Universidade Federal de São João Del-Rei/MG - Resumo: O presente artigo propõe discutir algumas questões relativas ao pseudônimo Malba Tahan criado por Júlio César de Mello e Souza (1895-1974) em suas obras desde a mais conhecida O homem que calculava (1997), sucesso editorial entre 1960 a 1997. De que modo o pseudônimo interage na projeção editorial e na apropriação e recepção dos elementos do realismo fantástico em sua escritura? O universo recheado de histórias à moda oriental domina as narrativas construídas pelo autor. O recurso editorial tem sua justificação na recepção do público-ledor. Como entender a articulação do imaginário estético e as versões apropriadas do Oriente árabe, judeu e mulçumano com mitos, lendas e outras micronarrativas em Malba Tahan porta-voz de um orientalismo engendrado no Ocidente? De que modo ambos dialogam ou escondem o paradoxos seculares de conflitos culturais? Para responder tais questionamentos, partir-se-á de conceitos em Benedict Anderson (2008), Edward Said (1978), Homi Bhabha (2007) como apropriação imaginética do Oriente exótico. Deste modo, a escritura de Júlio Sousa é marcada pela ambiguidade do autor e sua heteronímia como forma de metaforizar o real, simbólica, política, militar e culturamente. Palavras-Chave: heteronímia, hibridismo cultural, orientalismo, realismo fantástico.
Autor:
J B Pereira
Formato:
rtf
Tamanho:
453 KB
Ano:
2014
Enviado por:
J B Pereira
Enviado em:
11/01/2019
Reeditado em:
16/01/2019
Classificação:
seguro