TRILHA SONORA - Durante e depois do Show! (série Cyndi Lauper)

Tijucas, Santa Catarina, segunda-feira, 24 de novembro de 2008-11-24

TRILHA SONORA – Durante e depois do Show!

Sete dias, uma semana se preferirem, é exatamente este o tempo que faz depois deste maravilhoso acontecimento, e encerro aqui minhas memórias sobre o a apresentação, em meu ponto de vista da Bring ya to the brink tour 2008 em Curitiba.

Depois de tanto tempo esperando, de repente ela estava ali, a poucos metros de mim e da Jéssica, segurando uma placa de madeira com faixas fluorescentes e um martelo. Não consegui me conter, automaticamente meu olho vidrou de lágrima, mas não chorei, levantei e gritei muito seu nome, pensei que seria um dos poucos a fazer isto, mas a balbúrdia foi geral. Eu no meu vip lugar, e ela ali encima. Jogou a placa de madeira no chão e bateu com o martelo, abandonou e tirou os saltos, os fez de baquetas para a bateria, e largou em frente ao instrumento... Iniciou Change of heart e tomou a platéia, foi parar na fileira atrás da minha, o público a cercou, cantou ali com seus sentimentos e voltou ao palco, brigando com os seguranças através de gestos sutis, e quando chegou lá encima, pediu para o público se aproximar, não pensei duas vezes, eu e Jéssica fomos e ficamos colados no palco. Quando chegamos, ela estava na escada, e olhei para os lados , na minha frente não havia nada, agradeci mais uma vez e ela aproximou-se, sua mão foi minha por mínimos segundos. Muitos aplausos, ovação total, máquinas, filmagens, e aquelas caras felizes, a canção uníssona de uma vez só, sem pausas e interrupções. Eu muito feliz, pulando sem parar, dançando muito, que meu pé abriu um cortezinho, mas só fui notar em casa, em Santa Catarina. Na seqüência ela cantou um sucesso, regravação de Prince, do primeiro trabalho: When you were mine, utilizando o que muitos dizem ser uma guitarra, e outros dizem ser violão, pra mim é violão, mas como não entendo, não opino, durante esta música ela olhava fixamente para Jéssica e quando terminou ela aproximou-se abaixou-se colocou a palheta nas mãos de Jéssica e fechou a mão dela. Poderia ter jogado, chegado perto e jogado, mas não, colocou em sua mão e fechou, para não haver perigo de um louco pegar. Imaginem uma pessoa chorar horrores, foi Jéssica após aquele sublime momento, aquele sonho em nuvens de madeira e um anjo de preto.

Cantamos muito, dancei sem parar, e quase no final do show, ela não queria saber de pegar presentes, mas Jéssica empurrou seu coração escrito Eu te Amo, e depois de gravar meia hora do show, ela empurrou a boneca que comprei para ela. Cyndi acompanhou a boneca deslizar e a pegou, eu nem acreditei, então ela disse: “O que é isso? Uma boneca. Eu adoro bonecas e esta é tão sexy!”

Quase morri quando falou isso com aquela cara que só ela consegue fazer.

Ela cantou shine, depois de ler o cartaz que a Jéssica deu pra mim segurar, e foi com muita alegria. E depois cantou a pedidos Sally’s Pigeons, nunca tinha ouvido a canção, mas me apaixonei, é incrível como cada música é diferente, tem sua cara e personalidade e o toque Lauper indispensável, porém bem antes disso ela cantou I drove all night, veio engatinhando no seu grave, e quase no fim da música fiquei um bom tempo pegando sua mão... E Girs ela ganhou uma bandeira do Brasil em que dançou horrores como uma menina de 15 anos. Não conseguia pensar em outra coisa, daí veio True Colors, a última canção, com aquela luz roxa e sua cítara. Começamos a fazer círculos com a palma da mão, como já vi ela fazer em inúmeras apresentações, veio uma mulher e me disse: “Esta sua mão está me atrapalhando”. Respirei fundo, não dava pra não mexer com o corpo todo e respondi sem olha-la: Poxa, como tu é chata né (era a segunda vez que ela me repreendia, a primeira tinha sido em Shine, pelo cartaz tampar sua visão) se queria ta aqui na frente porque não comprou na primeira fila?

Gargalhada geral dos que me circundavam. A música acabou, os aplausos consigo ouvir até agora de tantos e tão acolhedores, pedindo Bis, mas não teve o bis, mesmo assim foi ótimo. Jogaram rosas no palco, ela enfiou um espinho no pé, mas logo se recuperou, afinal era só um espinho, pegou as rosas disse: “See you next Year” e se foi. Esta frase não esqueço mais, era tudo que quem estava por ali queria ouvir, era como um Girls em capela para uma única pessoa. E choramos mais, e depois comemos uma pizza no quarto do hotel relembrando tudo.

A palheta, o chata, as mexas, os olhos verde musgo, aquela mulher, aquele símbolo que carrego no coração e na alma, agora presente em minha lembrança.

Juro que pensava que depois que a visse ao vivo, iria diminuir essa obsessão, mas foi efeito reverso, aumentou a loucura, e o jeito é aceitar, todo aqui em casa já estão cantando e gostando de Cyndi...

Me despedi de Jéssica, prometendo reencontro, pois no msn não falha. E é tudo só emoção e lembranças, mesmo sem fechar os olhos revivo aqueles mágicos momentos em que ela estava cara a cara comigo...

Os dvd’s e canções matam a saudade, mas me recuperar mesmo, só quando puder ouvir novamente ao vivo de sua boca vermelha os graves e agudos e as mágicas palavras: “See you next year!”

Obrigado Deus, obrigado Cyndi!

Douglas Tedesco – 24/11/2008.

Douglas Tedesco
Enviado por Douglas Tedesco em 24/11/2008
Reeditado em 27/11/2008
Código do texto: T1301136
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.