A beleza da mulher

A pergunta que todas nós mulheres nos fazemos hoje:

Sou bonita? A resposta:

Como é difícil ser bonita nos dias de hoje...

Virou quase que uma profissão ser bonita,

é massacrante a competição de beleza e

os padrões cada dia exigem mais.

E por conta das imagens das belas

mulheres que são veiculadas todos os dias em

todos os meios de comunicação,

ficou sufocante para nós mulheres

nos mantermos dentro desse padrão;

os homens e a sociedade nos olham buscando

em nós esses mesmos padrões, o que passou a ser obrigação de todas as mulheres e de todas as camadas.

E o que então é ser uma bela mulher,

ou um mulherão?

Não basta ter um rosto bonito e corpo razável,

é preciso ter um corpão, tudo tem que estar perfeito.

Seios durinhos, grandes, siliconados,

bumbum durinho arrebitadinho,

pernas bem torneadas,

abdomem definido, braços durinhos.

Rosto de boneca, sem nem uma marquinha,

boca perfeita; com botox, é claro,

já não se admite que os lábios sejam inexpressívos,

eles precisam ser bem pronunciados,

rugas e marcas de expressão,

nem pensar, existem maravilhas na tecnologia

para retardar o máximo possível

os inconvenientes da idade.

E como é cruel ser mulher...

assumir tantos compromissos ao mesmo tempo

e ainda por cima ter a obrigação de ser belíssima.

Sim trabalhamos e muitas vezes em

profissões estressantes, fazemos jornada dupla,

ou tripla, porque a casa tem que

funcionar perfeitamente porque depende

da nossa supervisão ou condução direta.

A família espera de nós o melhor,

a esposa perfeita, linda e eficiente.

A mãe extremosa que sempre tem

tempo pra tudo, a mulher amante curvilínea e gostosa.

No trabalho se não estamos nos "padrões"

perdemos espaço para as mais

jovens ou para as "saradas".

Somos esmagadas diáriamente pela

mídia que nos impõe que devemos

fazer isso ou aquilo em favor da beleza.

Há sempre um técnica nova, um produto novo,

uma exigência nova, que não demora

nada para estar na rua.

Virou uma neura que nos persegue na rua,

no trabalho e em casa!

Todos nos olham com cobrança,

porque temos essa marca de expressão,

ou porque estamos com uma barriguinha,

ou porque os seios não estão proeminentes

e tentadores...

Mas e o custo dessa profissão de ser bela?

Quantos dias por semana de academia,

quantas horas de malhação?

Quantas lipos?

Quantos pellings, drenagens linfáticas,

botox, tinturas, limpezas de pele,

hidratações, banhos de lama,

massagens redutoras, relaxantes,

anti-stress? Manicure, pedicure, podólogo.

Algumas plásticas corretivas.

Uma eterna briga com a balança,

os shakes, dispensar com dor no coração os chocolates, os refrigerantes, os doces, massas,

frituras...que tortura...

Mas a medida que a idade avança

o custo fica mais alto, a tecnologia para

retardamento de idade é cara e exige

"fidelidade" porque uma vez que se

entrou nessa roda viva, não se quer e nem se pode sair. É uma vigilância constante no

espelho nos olhares ao redor...

Uma corrida contra o tempo e contra

destoar do corpo dos padrões cobrados;

que pede além dos gastos externos,

a ingestão de aminoácidos, hormônios,

uma infindável coleção de potinhos

de cremes e ainda um sorriso

pleno de quem está completamente de bem com a vida...

Como conciliar essa perseguição pela beleza

exuberante com a casa e o trabalho?

Como manter essa receita cara de "padrão" de beleza?

Como ser tão poderosa por fora, e por dentro,

dia após dia sem se estressar ainda mais...

Como arranjar dinheiro pra tanta exigência, quando temos que primeiro sobreviver...

Como conseguir vencer todas essas etapas se o dia só tem 24 horas...

Como ser maravilhosa , gostosa sem ser fútil e vulgar...

Como ser esse mulherão sem ser uma máquina?

Ou como não seguir receita nenhuma e ser só mulher...plena...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 27/05/2005
Código do texto: T20137
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