Questão de horas
Não são anos que me separam dos meus sonhos...são horas...talvez minutos...
Aqui na palma da mão, brilha o hoje que guardo como preciosidade...basta que eu o olhe...que eu o toque para saber que existe...
Entre mim a relógio do tempo há uma confusão...uma seqüência de lapsos...quase imperdoáveis...assim por ele
me ter traído...eu não me guio nele...
Hoje eu sigo sem me perder no ontem...não sei do amanhã...ele nada me oferece...quando meus passos imprimiram minhas marcas nessa estrada...poucas metas me povoavam os sonhos...
Hoje quando percebo que a vida me engoliu a juventude...tragou sem pudores meus mais tenros desejos...olho adiante e zombo do ontem sem promessas... sorrio pelo futuro que posso decretar...
Presa na artilharia das horas...fugindo
das rajadas que me alvejam...me faço alvo
provocante...apanha-me!
Minhas metas não se medem mais no tempo...me insurjo contra as regras...a temporalidade...me lanço no vácuo...sem ontem e sem amanhã...o agora me tem...
e isso me basta...