Meu silêncio é de ouro

Não espere que a noite siga seu curso

dentro das minhas horas soltas...

eu faço os meus planos e neles meus

desmandos...guardo meu tempo para os versos...

guardo as falas todas em descontrações...

não assumo teatro de horrores...não assimilo negociatas...

Abrem-se hiatos nos espaços povoados...

nos diálogos inexatos...

mas sobram canções e expectativas de horizontes

no amanhecer que se aproxima...e a pequena lágrima

que baila na retina insistente ...faz brilhar o

verde da íris...

mas se todas as palavras jogadas fora...

tivessem alguma serventia...não se guardaria

nas dobras da noite...pois que se perdem nas

brumas densas...

regem os conselhos mais experimentados...

que a palavra é de prata e o silêncio é de ouro...

nesses silêncios que me guardo solitária

beijo o infinito e abraço um mundo que aos

poucos desvendo...mas que me pertence somente...

A paz dos meus silêncios solitários

tem um preço incomum...que não se paga

em tempo...não se paga em gestos...

mas se ganha em sabedoria...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 30/05/2005
Código do texto: T20847
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