Evoluir é um ato solitário.

E a ironia de tudo isto, é que continuas com muitas pessoas ao redor. Todavia, tua transformação intensa e rápida constitui um abismo que te separa dos outros.

Um abismo invisível, impalpável e dolorido.

Sabes muito e não tens com quem dividir. Entendes tudo, e lutas para ser entendido.

André Luiz no livro Nosso Lar, após abandonar ilusões inúteis, afirmou-se como cálice vazio.

Porque ele não sabia o que colocar no lugar do lixo mental.

Ficou vazio.

O mentor disse que era assim mesmo, agora ele precisava de tempo para colocar novos e bons aprendizados no lugar.

Lá na cidade Nosso Lar deve ser mais fácil, porque aqui, no meio da loucura que é a vida moderna, inversão de valores, violência e tudo o mais, fica bem difícil.

É muito chato o confronto intimo diário, só porque não se sabe mais colocar a culpa nos outros, no tempo, nos contratempos...

Evoluir é um ato solitário e irreversível.

Sobra uma tristeza pelo que se foi e pelo que se espera ser...

A conquista de novas alegrias é lenta, enquanto a solidão é urgente!

Melhor esquecer tudo e viver o hoje, porque amanhã literalmente é futuro, e tudo poderá ser diferente.

Ou não?

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 02/05/2011
Código do texto: T2944266
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