A teoria Matrix que eu acredito.

“Por mim mesmo juro-disse o Senhor Deus-que não quero a morte do ímpio, senão que ele se converta, que deixe o mau caminho e que viva.”

(EZEQUIEL, 33:11.)

Fragmentos de um diálogo do filme Matrix:

“O Arquiteto - Olá Neo.

Neo – Quem é você?

O Arquiteto – Eu sou o Arquiteto. Eu criei a Matrix. Eu estava esperando por você. Você tem muitas perguntas... Algumas das minhas respostas você vai entender, e algumas delas não...

(Novamente aparece nos monitores o que NEO poderia ter dito: Cinco versões? Três? Eu tenho sido enganado também. Isso é mentira!)

Neo – Há apenas duas possíveis explicações: ou ninguém me contou, ou ninguém sabe nada.

O Arquiteto – Certamente. Como você está indubitavelmente captando, a anomalia é sistemática, criando flutuações até mesmo nas equações mais simplistas.

(Demonstra então nos monitores a violência que NEO poderia ter usado: Você não pode me controlar! Dane-se! Vou matar você! Você não pode me obrigar a fazer nada!)

Neo – Escolha. “O problema é escolha”.

Nesta minha primeira abordagem da comparação entre o Deus que acredito ou tento acreditar todos os dias e o filme Matrix, fica claro um poder superior e ao qual não temos acesso de forma racional ou seja, usando nossos parcos recursos intelectuais, embora alguns acreditem tanto no Homem, que dispõe da sua vida e da natureza como se deuses fossem, mas aí já é outra teoria...

"Matrix", uma trilogia criada e dirigida pelos irmãos Andy e Larry Wachowski, começou a ser produzido em 1999. A primeira parte, "Matrix", é considerado um dos filmes mais inteligentes e originais já produzidos, deixando o espectador, ao sair do cinema, com mais dúvidas do que respostas (e isto é um elogio). A segunda parte, que já foi lançada, "Matrix Reloaded", e a última parte, "Matrix Revolutions", torna a história ainda mais complexa e fascinante, envolvendo conceitos de física quântica, fazendo com que muitos livros sejam lançados sobre o tema.

O elemento mais abordado é justamente a realidade virtual. "Um mundo virtual produzido nas mentes das pessoas cujos cérebros estão plugados, por um fio, a um supercomputador (hardware) no qual um programa (software) simula uma realidade”... (1)

“Sendo Deus a causa primária de todas as coisas, a origem de tudo o que existe, a base sobre que repousa o edifício da criação, é também o ponto que importa consideremos antes de tudo.

Outro princípio igualmente elementar e que, de tão verdadeiro, passou a axioma é o de que todo efeito inteligente tem que decorrer de uma causa inteligente.

Pois bem! Lançando o olhar em torno de si, sobre as obras da Natureza, notando a providência, a sabedoria, a harmonia que presidem a essas obras, reconhece o observador não haver nenhuma que não ultrapasse os limites da mais portentosa inteligência humana. Ora, desde que o homem não as pode produzir, é que elas são produto de uma inteligência superior à Humanidade, a menos se sustente que há efeitos sem causa.

Os astros se formam pela atração molecular e se movem perpetuamente em suas órbitas por efeito da gravitação. Essa regularidade mecânica no emprego das forças naturais não acusa a ação de qualquer inteligência livre. O homem movimenta o braço quando quer e como quer; aquele, porém, que o movimentasse no mesmo sentido, desde o nascimento até a morte, seria um autômato.

Ora, as forças orgânicas da Natureza são puramente automáticas.

Tudo isso é verdade; mas, essas forças são efeitos que hão de ter uma causa e ninguém pretende que elas constituam a Divindade. Elas são materiais e mecânicas; não são de si mesmas inteligentes, também isto é verdade; mas, são postas em ação, distribuídas, apropriadas às necessidades de cada coisa por uma inteligência que não é a dos homens. A aplicação útil dessas forças é um efeito inteligente, que denota uma causa inteligente”. (2)

Bem, como estou apenas divagando e tentando minimizar minhas dúvidas existenciais, ficarei com as comparações acima, pois que o assunto é inesgotável.

Para começar, volto ao diálogo de Neo com o Arquiteto:

“Neo – Escolha. O problema é escolha”.

Ora, tanto no filme como na vida, temos liberdade de escolha.

No filme O Arquiteto sabia previamente as escolhas de Neo, e estas escolhas não eram assim tão pródigas. Havia um determinismo.

Determinismo perante o qual nos confrontamos todos os dias. Os ateus dirão que é acaso, coincidência...

Deus sabe tudo o que vai acontecer em nossas vidas.

Em alguns aspectos, podemos decidir, já em outros não, pois que fazem parte das Leis Divinas, às quais nada, nem mesmo um grão de areia escapará.

No filme, como na vida, estamos inexoravelmente sujeitos a uma força superior, dêem a ela o nome que quiserem.

...no qual um programa (software) simula uma realidade... (Matrix)

A realidade, tal qual a conhecemos, não é o que parece. Para começar, nossos sentidos não conseguem captar alguns tipos de sons, cores, etc.

Não usamos todo o nosso potencial cerebral, pois que se o fizéssemos, poderíamos entre outras coisas usar a telepatia como meio de comunicação.

Sem aprofundar na física quântica que não é minha área, mas que busco sempre que tenho dúvidas, sei que em síntese nada é o que parece ser...

Tem mais, a chamada matéria densa não é senão a energia condensada. Em última análise, chegaremos a saber que a matéria é luz coagulada, substância divina, que nos sugere a onipresença de Deus.

E mais, toda a matéria, mesmo aquela considerada bruta e inerte, é viva e sente, pode plasmar-se e obedece quando atingida por um comando forte.

Pensando um pouquinho mais, essa energia permeia tudo e todos, sendo que os elementos que a compõe são os mesmos, quer seja no peixe como no homem, o ser inteligente da Criação.

Então, se estamos interligados, ainda que com inteligências individuais e intransferíveis, e sujeitos a uma força poderosa e desconhecida, fazendo uso de nossos parcos instrumentos para avaliar a realidade que nos cerca, vivemos literalmente em uma realidade (para nós) virtual.

Exatamente como no filme.

Bibliografia:

Gabriela Ponte http://www.comunicacao.pro.br/setepontos/6/matrix.htm

A Gênese – Allan Kardec

Jeanne Geyer
Enviado por Jeanne Geyer em 27/09/2011
Código do texto: T3243048
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