Sem trancas

Sem trancas

De ti espero somente as sementes para o novo amanhecer, o olhar tranqüilo no horizonte e as tardes pacatas de sorrisos despretensiosas...

Não espero convites nem lugares definidos,

não combinam contigo chaves e portas, não tens bagagens nas costas, mas és do mundo um pedaço que vaga, plantado num chão seguro...

De ti me chegam canções...espumas das explosões de muitas ondas, batendo e se esparramando serenas...tapetes que se estendem ao longo de mim, como beijos sem fim...

Dividimos o mesmo mundo...nada mais, para que de nós nunca se perda a magia...

Me terás sempre nas estrelas, no sopro dos ventos, no vão dos pensamentos...não mais que uma brisa suave a cantarolar

liras compostas de muitas palavras...

Serei areia fina nas tuas mãos e tu notas da minha canção...

De ti o quero o beijo doce, sem pressa, que

atravessa a noite e

me roça o rosto adormecido...como para ti terei sempre um riso branco...

franco...que nunca se esvazia...

Guarda-me entre os teus segredos, no cofre das tuas lembranças...

eternas crianças que somos, nos encontramos no mundo

dos sonhos que construímos...de onde jamais saímos...

Quando o crepúsculo

turvar nossos olhares...nas luzes acesas dos nossos olhos...estaremos frente a frente aos

nossos devaneios...unicamente

nossos...

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 02/02/2005
Código do texto: T3308
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