EM RELACIONAMENTO SÉRIO COM O DIREITO

EM RELACIONAMENTO SÉRIO COM O DIREITO

Disseram-me que gostariam que eu me manifestasse sobre “Em relacionamento sério com o Direito”.

Expressar-me sobre esse tema é instigante. Resolvi fazer a declaração, sugerida por um primo, com um sentimento de alegria.

Uma grande parte dos relacionamentos nasce sem muito planejamento, sem grandes preocupações, às vezes casualmente ou por necessidade momentânea.

Apesar do aparente acaso, um relacionamento não é iniciado sem que antes surja uma motivação. Oportunidade, admiração, afinidade, paixão, interesse pessoal ou financeiro, amor... São diversas as razões.

O relacionamento pode se tornar sério e duradouro, ou não. Pode haver frustração, leviandade, situação contingente favorável ou desfavorável, alguma outra razão que faça com que ele dure mais ou menos tempo. Se houver um bom alicerce, um sentimento bem cultivado com bastante atenção, carinho, esmero, ele pode durar a vida inteira.

Haverá, sempre, alguma dificuldade durante o tempo que o relacionamento persistir, mas ela pode ser contornada ou resolvida sem prejuízo da ligação afetiva ou profissional que foi estabelecida.

Em “Relacionamento sério com o Direito” eu estou há uma boa parte da minha vida, e gosto deste fato.

Levaram-me em um domingo, aos treze anos de idade, para passear e conhecer o prédio de uma Faculdade de Direito, de arquitetura moderna, recém construído em uma área muito agradável e arborizada, em um Vale com belo paisagismo.

Acaso, destino ou mera coincidência? Não sei.

Ainda na adolescência, o livro "A Cigana", da grande escritora baiana Edith Mendes da Gama e Abreu, me deixou encantada com o diálogo entre um casal de advogados, e marcou definitivamente a minha vida.

Aprovada no vestibular para o Curso de Direito, estudei exatamente na Faculdade que tinha conhecido em um passeio e que considerei tão bonita.

Vários anos após a Conclusão do Curso, depois de exercer diversas atividades como operadora do Direito, realizo mais um sonho para manter viva a chama daquele relacionamento: uma Especialização em um dos ramos do direito que mais admirava.

Assim, nas aulas, no convívio com os colegas e Mestres, nos seminários realizados, nos artigos elaborados e na monografia de conclusão do curso tive o privilégio de sentir a mesma fleuma da jovem universitária.

Percebi, com felicidade, que continuava “em um relacionamento sério” com o Direito, apaixonada como nos primeiros tempos, mesmo quando nem sempre eu consigo entender suas facetas em relação à vida, apesar do amor.

Dalva Trindade de S. Oliveira

(Dalva da Trindade)

22.02.2014

21h20

Número do Registro de Direito Autoral:143896257867457100