Progresso para a destruição do Brasil

É triste saber que a obra da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, que está sendo construida em Altamira no Pará aproveitando as águas do rio Xingu, ergue-se a olhos vistos, e na medida em que as máquinas removem profundamente o chão da floresta, destruindo ecossistemas ambientais e humanos vamos tendo a noção dos impactos ambientais dessa obra que repete uma triste realidade do Brasil em seu afã pelo progresso a todo custo. Repete a degradação que outros megaprojetos que tiveram impactaram terríveis sobre o nosso mais precioso bem que é a Amazônia. Como os projetos da mina de ferro de Carajás, a Construção da Hidrelétrica de Tucuruí todos patrocinados por governos insanos e poucos sensíveis aos problemas sócios ambientais gerados por esta visão equivocada de progresso que não vê o seu outro lado - a entropia, a degradação do homem e da natureza. Foram em vão a súplica dos povos indígenas mais sábios que nossos governos em criticar a obra pelos impactos que causará, mas LULA o operário com sonho de grandeza, preferiu passar por cima de todas as recomendações de ambientalistas e de organizações sérias e de cientistas que se opuseram a obra por ver nela mais desvantagens do que vantagens. A primeira delas é a alteração do curso do rio, os impactos na piscicultura fonte mais importante das populações indígenas e de ribeirinhos, em seguida a devastação do que ainda resta de floresta nativa para a construção da barragem construída na região da Volta Grande onde o rio Xingu da uma volta abrupta até seguir seu curso novamente em direção à amazonas, barragem que afetará a vazão do rio causando enormes problemas aos igarapés da região, parece idiotice falar em peixes e igarapés ou em "lambaris" como um dia com sua sarcástica ironia Lula se referiu as preocupações da então ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Diz-se que uma célula de nosso corpo que deixa de funcionar pode interferir na saúde geral desse corpo. O ecossistema amazônico é delicado, frágil e interdependente, qualquer alteração em um dos seus vários sistemas que são interligados pode levar ao colapso de todo ele, de toda a Amazônia. Com implicações terríveis para todo o país, pois influenciará o clima e regime de chuvas e com isto a própria agricultura. A Amazônia ainda é tida como a última fronteira virgem do Brasil, mas a destruição avança seja pela ação irresponsável de obras como a de Belo Monte patrocinada por aquele que mais defendeu os pobres e oprimidos, ou por madeireiros, grileiros e posseiros, garimpeiros que avançam com a sanha dos incautos destruindo a cada dia o que resta de nossa grande mãe a floresta amazônica. Movimento que foi patrocinado pelo governo brasileiro seguindo o lema de outrora do “integrar para não entregar”. O projeto autoritário e insano do governo de Lula, que não consultou e acatou os apelos dos povos indígenas como manda a convenção da ONU, da qual o Brasil é signatário, ao invés de ter pensado em alternativas energéticas para o país preferiu as grandes e polêmicas obras como é também a da transposição do Rio São Francisco. Além dos altos custos ( as duas custarão quase 40 bilhões de reais) elas não resolverão os gargalos de infraestrutura do Brasil, e provocam mais impactos negativos do que benefícios, além de alimentar a corrupção que já tem se mostrado endêmica no Brasil. Voltando a Belo Monte os problemas já é visível, a cidade já tem quase 100 mil habitantes a mais em busca de melhores condições de vida por conta da grande obra. A prostituição, a miséria, a falta de emprego para todos e a falta de infraestrutura já aumentaram os índices de miséria e de violências, roubos, tráfico de drogas já se incorporaram a vida de Altamira que já enfrentava problemas antes da obra. Quando a usina estiver pronta, o grande legado será o de sempre: deixará um rastro de destruição de miséria que em nada contribuirá para transformar a região dentro de uma perspectiva sustentável. O consorcio Energético responsável pela obra como forma de compensação, distribui presentes aos índios, como panelas, barcos e comida industrializada, já violentando os povos indígenas da região, na medida em que eles serão no futuro os grandes perdedores, pois muitos terão que ser removidos de suas terras ancestrais, perdendo o vinculo com o sagrado que simboliza seu lugar, e a pesca e a coleta de frutos será prejudicada, com a devastação da floresta e a diminuição da vasão do Xingu. Em nome de um progresso questionável o PT e Lula fizeram o que nenhum governo teve a ousadia de fazer, que foi dar inicio a degradação total da Amazônia patrocinado pelo estado brasileiro com a construção de usinas e com elas todo o rastro de destruição. Outro grande projeto a Usina de Santo Antônio tem causado impacto terrível a população de Rondônia .

Labareda
Enviado por Labareda em 29/05/2015
Reeditado em 28/03/2021
Código do texto: T5259741
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