De mulher para mulher

Filha, olho seus retratos.

Tanta vida vivida!

Tantos sonhos!

Quase todos realizados.

Fomos sempre tão companheiras!

Mesmo quando a idade não te permitia você esteve presente.

Confiou e me amou.

Você era tão frágil em meus braços!

Pequenina!

Os olhos sempre tão brilhantes!

Seus olhos sempre mostraram seu sentir.

Talvez por isso, nunca conseguiu mentir.

Tornamos-nos cúmplices logo da primeira vez.

Lembro-me do nosso primeiro momento.

Seu rosto, lindo!

Acompanhamos-nos em todos os momentos.

Alguns felizes, outros tão sofridos!

Nossas vitórias, nossas derrotas.

Demos sorte, não é filha?

Tivemos mais vitórias.

Nossa casa sempre foi alegre.

E temos muitas histórias para contar!

Seus primeiros passos, o primeiro dia na escola.

O primeiro beijo.

A primeira lágrima de amor.

O primeiro amor.

Hoje você é uma mulher.

Ousada, brilhante!

Especial! Maravilhosa!

Uma “linda mulher”.

Frágil e forte.

E isso não é papo de mãe, não!

Falo de mulher para mulher.

Gosto de observar minha “cria”.

Você deu certo.

È humana, sensível.

Maravilhosamente mulher.

Mas, ainda minha menina.

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Amo você, Paulinha!